29 August 2009

Cidade Maravilha

Toda vez que penso em viajar para o Rio, vem a lembrança do que mais gosto por lá: a magia e a dinâmica das suas ruas. Na orla inteira, em Copacabana, no Centro, no Baixo Gávea, e também no Leblon. Tudo acontece pelas ruas, seja em qual hora for. E que bom que acontece de tudo!

Não me lembro de ter visitado nenhuma cidade em que a noite e o dia acontecem a céu aberto, numa simplicidade sem igual, mas cada lugar, cada barzinho, café, pub, pizzaria, livrarias... Tudo 24 horas funcionando, e com qualidade. Parece que a cidade não dorme... De um lado e de outro, tem sempre cariocas e cariocas numa conversa sem fim, ou simplesmente andando e curtindo os passeios a pé, pelas ruas.

Talvez esse seja o principal atrativo, pra mim. Claro que a quantidade de peças teatrais e shows espalhados pelos quatro cantos, tudo isso junto, listado no jornal de cultura e lazer, diariamente, são realmente uma tentação! Mas, sério, haja dinheiro para consumir tanto o que eu gostaria de viver... Precisaria trabalhar somente para gastar lá, em feriados e férias, na cidade em que poetas e músicos sugam as suas belezas e encantos, para fazerem sucesso.

Essa minha sintonia com o Rio é tão forte, que me imagino morando lá, bem carioquinha da gema, com fins de semana dedicados de dia à Lagoa, fim de tarde na Urca e mais tarde ainda, na Lapa. Seria perfeito, com certeza. De falta de prazer, não morreria nunca! Sem contar nas companhias maravilhosas que tenho sempre por perto: minha doce e criativa Tia, meus primos e Joaquim, cãozinho lindo, que ama as ruas de Copa, tanto quanto seus biscoitos de ossinhos!

Como lado avesso, temos a chatice da violência. E me pergunto: como pode um lugar tão lindo, com tanta gente circulando pelas ruas, ao mesmo tempo ser causadora de síndromes de pânico, muita dor, e sons de disparos de tiros, que acontecem do nada? Não tenho a resposta.

Sei que a paz que sinto lá, nunca senti em outra cidade. E olha que a paz está longe de existir no cenário do estado do Rio de Janeiro. A mídia não deixa. Os marginais não deixam. A polícia não deixa. Mas a vida é assim. Tem os dois lados, sempre. E como resumiu Djavan:

"...Ainda bem que eu sou flamengo
Mesmo quando ele não vai bem
Algo me diz em rubro-negro,
O sofrimento leva além
      Não existe amor sem medo, boa noite..."

4 comments:

  1. Ah! Nessa história eu participo!Sou testemunha da sua alegria quando aqui está. Saiba que alegre ficamos nós daqui com sua presença e seu encantamento....
    beijinhos.

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  2. Eita saudade... novembro estarei aí! Amo muito e nem tenho medo desse amor!

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  3. Ai mana...estive nesse lugar...tão amado por tantos... "Com esse poder,outra cidade não há,não consigo pensar em duas..é mt fácil sentir a mão de Deus em tudo"(Djavan)...amo tudo isso...quero ir com vc..p/ respirarmos juntas esse mesmo ar...Bj

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  4. Vamos sim, mana...novembro vem aí, e com ele seu aniversário, no Rio, em grande estilo!

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