26 November 2009

União abençoada

Já que minhas lembranças ainda brotam, deixa eu finalizar logo essa novela de tramas nada mexicanas, que ocorreu entre 12 e 16 de novembro, no Rio de Janeiro.

Para quem não estava acompanhando a viagem, vou tentar resumir. 36 parentes: netos, bisnetos, sobrinhos e filhos da amada e saudosa Maria Costa da Pesada, conspiraram e conseguiram aportar na nova sede das Olimpíadas, para prestigiar o 'enlace matrimonial' da prima Ana Paula com Leonardo, os pombinhos da vez. Já casados, válido lembrar que hoje, estão na Europa, enquanto nós, pobres mortais, estamos daqui, tentando manter, vivos na memória, esses dias tão bacanas, que vivenciamos juntos!

O grande dia, enfim chegou. Na véspera, eu e Mana Dinha, além da noiva, estávamos intecionalmente prontas para a despedida de solteira. Paulinha convidou então suas madrinhas, amigas e amigos e fomos bebemorar num boteco charmoso, duas quadras de casa. Ora bolas, foi nossa casa sim! Intimidades à parte, fizemos de tudo para manter a mãe da noiva tranquila. Prometemos que voltaríamos cedinho e não extrapolaríamos na bebida, afinal, todos precisariam estar com a pele fresca e sem ressacas, para a noite seguinte.
                                                              
Ocorreu que, como uma virose, os desavisados hóspedes foram chegando e crescendo a mesa do mezanino do bar, culminando com uma grande farra dos familiares. Fizemos um vídeo (caseiro, óbvio), cada um desejando os melhores votos para o casal. Muitas fotos, e confissões à meia-noite. Foi muito difícil resistir à tentação de amanhecermos por ali, já que ir para 'casa' não significava dirigir, estacionar, essas coisas proibidas para os loucos, os bêbados e as criancinhas....

Mas, obedientes, voltamos, dormimos, acordamos e o dia 14 chegou! A primeira obrigação do dia, após um café da manhã cheio de histórias e gargalhadas altas, foi dar um pulinho na praia (nossa, que dificuldade fazer isso), para dar o tom exato da pele, como nos ensinaram as espertas madrinhas.

Depois, agendamento com hora marcada com maquiadora e cabeleireira, Mana Lila e Maninha Monca, de plantão na sala do apartamento mais movimentado de todo o bairro. Foram muitos vestidos provados, zíperes arrombados, ternos passados, costureira abençoada que fez barras de calça, remendos imperceptíveis em tecidos queimados, desfiles antes da entrada coordenada, 12 por vez, na van, e até uma oração da prima Nívea, para proteger nossa ida e retorno, à vida dos noivos e mais um tantão de coisa que ela acrescentou, mas que Lucas, meu fofo, não me permitiu ouvir muito, pois queria 'mamãe, mamãe, e gagau'...

Na Igreja, cujo cenário é o mais admirável de todos, situada na Lagoa Rodrigo de Freitas, jurei que não iria borrar a maquiagem e dei muita sorte de usar produtos bons, pois chorei muito. O padre, sábio homem, foi perfeito em seu rápido discurso. Disse algo que quero crer que possa me servir de referência, num futuro (bem) próximo: casar significa comunhão de corações e desejos. Lindo isso, como estavam os noivos no altar.

Na saída, fotos e mais fotos, enquanto aguardávamos a nossa vez, no rodízio da van. Muito mais risadas, afinal, ninguém sabia o endereço da festa, nem mesmo o motorista e sua companheira inseparável. Pergunto: como não voltaria para Salvador sem voz, de tanto que pude rir?

Na festa, música animada para se ouvir e dançar. Muita alegria no ar, nos brindes das taças e nos olhos dos pais dos noivos, que mais pareciam ter visto a filha renascer, de tão felizes que estavam. Espaço para samba, axé (preferido dos noivos que amam mais abadá do que feijão carioca), funk (óbvio) e uma bateria com direito a duas passistas, seminuas, que enlouqueceram toda a ala masculina.

Ao final da recepção, voltamos para o mesmo boteco da despedida, eleito como o melhor lugar para recomeçar a vida, após uma festa de arromba. Fomos nós todos, os mais animados, incluindo os recém-casados, algo inacreditavelmente espontâneo, exatamente como eles são na rotina deles.

E agora, em Paris, eles estão lá, festejando o início de uma nova etapa de vida, após se empazinarem das pílulas de amor, presente da prima Conça, ou melhor, Sra Luedy (olha a propaganda...).

Dias maravilhosos, na cidade maravilhosa, cheia de encantos mil....onde o Rio foi mais baiano.

Mais fotos da festa (14/11/2009) em http://www.mauriciolopes.com.br/
Mais lembrancinhas, criativas assim: http://www.marialuedy.com.br/

6 comments:

  1. Ai que vontade de ter ido :~~
    imaagino a algazarra que foi...
    dos conquistenses só ouvir : só faltou você, perdeu maah...
    maas, fazer o quee né?

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  2. Opa cade a minha remessa do remédio das pilulas do amor?

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  3. Pois é...entra no site de Maria Luedy, Gerson...as remessas dela estão literalmente esgotando!Rs...Beijo.

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  4. Precisando de umas pilulinhas dessas pra enfeitiçar alguém...
    Ah, por que mudou o layout? O outro já tinha a cara do seu blog, pensei até que tinha clicado no link errado.

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  5. Juba, adorei esse novo layout! Q imagem bonita! Ainda não li o texto - calma, vou ler. É q estou molinha hj de tanta labuta...rs... Mas estou prevendo uma deliciosa narração só pelas fotos. E essa foto de tia Lola, q coisa linda... Ela é uma querida e deve usar mais vermelho, né? Bjs, amiga, depois mando um post mais focado..rs

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  6. Ju,tá demais! Rimos muito,porque eu nem sabia dessas aventuras todas...e deu tudo certo,heim!
    Os Cerimonialistas costumam dizer que tudo conspira a favor dos noivos (pra acalmá-los...)mas na nossa história funcionou! Vivemos esses dias realmente em comunhão especial!Valeu!

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