3 March 2010

Despedida às 6h

fonte: gif disponível na internet
Lendo um post de uma blogueira querida, sobre sua vida de mãe, não me contive e resolvi imitá-la, no bom sentido; fiquei com vontade de falar sobre minha vida (provisória) de filha, já que as distâncias físicas que nos separam, me impedem de curtir minha mãezita integralmente, de me tornar uma filha zelosa.

E ela é mesmo uma figuraça. Todos os meus irmãos pensam exatamente isso; ela não gosta de dormir com o ar condicionado ligado, mas, ainda assim, prefere atender meus apelos e dormir ao meu lado, sempre de mãos dadas; ela me cobre para eu não sentir frio na madrugada, me faz rir das suas rabugices, dos seus medos e do que ela também acha graça, numa cumplicidade espontânea, que nasceu quando eu nasci, lá atrás, quando,com meu saudoso pai, me ‘fizeram’ gente.

E hoje, no aeroporto, lugar que tanto aprecio, por transpirar possibilidades infinitas de viagens, idas e vindas, encontros e  reencontros, exatamente como foi apresentado no filme Simplesmente Amor, nesse espaço tão interessante, desta vez o odiei, afinal foi palco de uma triste despedida; e ela lá se foi, pra longe dos meus olhos.

Uma sorte mesmo minha sobrinha AnaLu acompanhá-la, em seu retorno para Rio Branco. Foram as duas, com malas, muitos pacotes de biscoito avoador, juntamente com os acarajés (congelados) para meu Mano Val, com desejo de 'grávida', como concluiu minha crítica mãe.

Exatamente como eu, ela não gosta de avião, dos seus lanchinhos insossos, da pressão interna, que doem os ouvidos,  e que nos deixa meio surdinhas. Ela não curte muita bagagem, nem pagar por excesso, mas voltou carregada, pesada, cheia de novidades e presentinhos da Bahia para sua prole da ala masculina e seus netos. E claro, reclamou dos volumes, do calor de Salvador, e das horas de intervalo no tempo fechado e frio em Brasília... e ainda me perguntam porque eu sou do jeito que sou, ora bolas!

Ai, ai. Sei que meu povo no Acre tem muita sorte, de tê-la por perto, por mais tempo. Mas eu também a tenho. Ela está aqui, dentro de mim, e daqui não sairá jamais. Um amor sem escalas, incondicional.

1 comment:

  1. Que lindo, Juba...
    Não posso falar de minha mãe com tanta poesia, por isso falo de meu filhote.
    (Preciso confessar que qdo li o título do post deu um friozinho na barriga... pensei que fosse a sua despedida. Ufa!)

    ReplyDelete