20 March 2010

Velocidade máxima

Se você pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro na estrada de santos
E você vai me conhecer
Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade só a velocidade
Anda junto a mim
Só ando sozinho
E no meu caminho o tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda
Por favor me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo
Corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive
E vi pelo espelho na distância se perder
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar
As curvas se acabam
E na estrada de santos não vou mais passar
Não, não vou mais passar...
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É, para falar da minha mudança, me lembrei de Roberto Carlos, falando sobre sua estrada de Santos.

15 de março, às 13h.  
Enquanto eu dirigia, com o carro apinhado de coisas, ao lado da copiloto mais hilária do mundo, a minha mana Lila, fiquei lembrando de mim, dos meus (últimos) dias, da minha história.

Na viagem da Soterópolis para Vitória da Conquista, pude reviver os últimos acontecimentos, a aflição com as tantas caixas, a entrega das chaves do apartamento que deveria já estar vazio e disponível para minha nova inquilina.

Fiquei pensando também da minha facilidade em me desapegar daquele meu canto, conquistado com tanto empenho, após superar inúmeros desafios.

E foi assim: me livrei das amarras do passado, dos vínculos com a cidade, e me lancei na estrada, muito certa do que pretendo mudar em minha trajetória.

Penso que nada como a estrada, com suas curvas, retas, surpresas, declínios...nada mais propício a fazer, ao longo de 8h, do que repensar a vida. Estrada é vida.

E sou obediente. Amiga blogueira me desafiou, e pediu para eu postar aqui as muitas emoções deste, que é um momento revolucionário para mim.

Diria que fiz um giro de 270 graus. Não foi tão mutante assim, porque retornei para o ponto de partida, para uma cidade que já conheço desde que me entendo por gente pensante...

Estou aqui, no recomeço de um processo num lugar agradável, perto da família, convivendo com novos e receptivos pares no trabalho.

19 de março, às 13h.
Hoje é sábado, o primeiro sábado como moradora dessa terrinha que tem o inverno como estação predileta. Estou atenta às mudanças em mim: de humor, de desejos, de intenções.

O carro ainda está empoeirado, como eu, que ainda não consigo visualizar o peso (ou leveza) deste novo ciclo. Também não tenho tido tempo para isso. Haja trabalho, arrumações, reencontros.

De verdade, o velocímetro aponta para o novo destino.

Agora eu tenho um compromisso. Almoço na casa de um amigo, que quer me dar as boas vindas à cidade. Ele mora no mesmo condomínio, maior coincidência...depois terei que prestigiar a 'ExpoConquista', que além do stand da faculdade, preciso comparecer porque outro amigo me deu uma credencial, para eu ir quando quiser, com quem quiser. Presente, presente, presente!

5 comments:

  1. AH Leu..eu nem sei o q dizer, de verdade!! rs.
    Desejo q a senhora se dê muito bem ai em conquista, nesa terrinha q amo, que possa surgir muitas oportunidades onde vc possa crescer tanto de forma pessoal como profissional. Eu só sei que eu te amo mt tia..desejo que nessa cidade onde vc ja viveu tantas coisas, vc possa literalmente encontrar um porto seguro...
    Beijos LEU.

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  2. Claudio Carvalho21 March 2010 at 14:54

    Vida boa!!! 'ExpoConquista'????

    Não trabalha mais...rss

    Saudades.

    Claudio e Valéria

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  3. E pra que sofrer, se amor a gente ganha assim, a qualquer momento?

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  4. Prima, sou apaixonado por VCD, por isso sou suspeito para comentar qualquer coisa.
    Meu desejo é que você seja muito feliz no seu novo CEP.
    Eu já amei muito SSA, mas o tal "progresso" fez esse amor ficar fraquinho, fraquinho, logo, aqui, no meio da selva eu torço muito por você.
    Beijos... do primo da selva (rs).

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