10 April 2010

Querido velho mundo

Cheguei na soterópolis ontem pela manhã, no meu primeiro momento visitante. Fui recebida com muita chuva, taxistas e demais motoristas bem estressados no trânsito, por conta de um engarrafamento infeliz. Não sei ao certo se tudo isso foi somente para confirmar o quanto estou desapegada dessa terra de orixás, pagodeiros e baianas de acarajé famosas.É. Me faz falta sentir o cheiro do dendê queimando...
Piaget diria que esse é um comportamento típico de crianças na fase egocêntrica. Eu sou assim? Creio que não. A cidade está apenas respondendo ao que está mais adiante, num mundo ocupado por poluição, impactos ambientais e metereólogos muito sabidos e midiáticos. Deixemos esse assunto para outros pensantes.
Cheguei cedinho, me instalei confortavelmente num hotel que fica a uma quadra do meu antigo canto, tomei um bom café, e fui trabalhar. Me pareceu os tempos da ong, quando me deslocava daqui, mas continuava trabalhando acolá com os mesmos objetivos. E foi assim: cheguei na faculdade, reencontrei alguns colegas, e pude perceber que muitos nem se deram conta que aqui não estou mais...me senti querida e ao mesmo tempo percebi que a vida segue, independente de qualquer situação adversa. Muito bom isso. Abraços calorosos e as lágrimas saltaram aos olhos, totalmente alheias ao meu desejo de ficar composta e enxuta. Me senti vulnerável. Percebi que sou uma grande e boba vulnerável. Frágil e muito, muito passional.
Em seguida fui almoçar com um amigo querido. Trocamos as novidades. Aproveitamos o engarrafamento para prosearmos mais.
Mais à noite, no casamento de Brito e Soledade, beberiquei roscas com meus coleguinhas mais afins e nos divertimos bastante ao som de sambinhas leves. Me lembrei do meu pai. E a imagem que veio foi ele sentado, tocando violão na sala com porta estilo bang bang, lá em nossa casa, em Vitória da Conquista, meu novo mundo. E senti saudade de lá, estando cá. O cheiro da orla me fez chorar. Sou apaixonadamente assumida.

2 comments:

  1. Volta...

    Fico passada com esse povo que não se dá conta da ausência alheia. Como assim não notou que vc se foi?????

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  2. Oi, Ju!
    Adorei sua presença em SSA e em meu casamento.
    Seu astral e seus comentários engraçados fazem falta! Minha festa não seria a mesma sem você...obrigada!
    Pena que o discurso não rolou, teria sido lindo!

    Beijinhos,
    Mari

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