Caminhos de são joão

Já na BA 116, com minhas manas, procedemos ao momento da oração. Eu, motorista, fiquei na função principal de dirigir. As outras duas, dividiram a tarefa de orar pelas nossas vidas, pela proteção do destino final. Decidimos de repente sair da rotina. Logo fizemos as malas, entramos no carro e simplesmente fomos. Sem muito planejamento, já com aquela ideia fixa de que as surpresas são maiores e melhores quando não planejamos nada. De fato, não há no mundo inteiro, pessoas tão divertidas para viajar de carro. Cada uma com seu estilo, suas frases de efeito e suas risadas contagiantes. Muito divertido. Relendo a última postagem, percebi o quanto estava sombria, melancólica. E sou assim mesmo, cheia de nuances. Viajei muito tristinha. Toca nos deixou...aquela fofa. Chorei muito. Pedi à mana Lila que reforçasse a "reza" apelando para os irmãos santos: antônio, joão, josé, francisco, maria... e descobri que não são irmãos. Fiquei mais triste ainda. Sempre acreditei nessa irmandade de santos. Paciência.Chegamos em Jequié por volta das 19h. Muito frio por lá. Nada mais que isso. Na manhã seguinte, fomos matar a saudade das tias e primos em Ipiaú. Foi muito bom rever todos. Lembramos da nossa mãezinha, manos e sobrinhos, todos distantes, quilômetros afora. Distâncias físicas desnecessárias e idiotas. Mas hoje estou menos nostálgica. Graças ao calor da minha família. É quente, necessária como a fogueira do São João, que já passou. Agora é a vez do São Pedro, outro santinho festeiro.