27 August 2010

Atender se aprende!

Estou me sentindo aprisionada, só por não estar com o pé na estrada. Arrumar malas, e sentir aquele frisson para não perder o horário...esse comichão me viciou, como o café da manhã e do intervalo da tarde, lá no meu trabalho.

E nesse tempo "cais" dos meus dias, preciso lançar mão da criatividade. Melhor, do que me incomoda na realidade, que necessito expulsar da mente e transformar em escritos. Então, matutando, concluí que o amadorismo de alguns colegas é o que mais me incomoda, ultimamente. Não somente o 'estar amador', condição necessária, no meu entendimento, para passar dessa condição para aquela que todos deveriam almejar, o "tornar-se profissional'.

Explico. Sempre fui muito caxias, programada para estar no trabalho em horário comercial, exatamente como deveriam funcionar os cartórios e demais repartições públicas, segundo os cartazes amarelados nos murais.

Por isso, me incomoda ver tanta gente empregada, faltando o trabalho por um resfriado, ou empurrando o que tem de ser feito, até o prazo limite. Isso me enlouquece. Vez ou outra, horas extras são necessárias, por conta desses retardatários. E lá estou eu, metida no meio deles.

Presenciamos no cenário, abusos e abusados, sobretudo no setor de serviços. Os atendentes nos influenciam.Impressionante como são indiferentes, ou pouco solícitos. Precisamos falar mais alto ou exigir atenção. Parece que estamos todos carentes de bom atendimento. Ou de atendimento adequado. Filas, esperas, lentidão no repasse das informações, intervalos entre eles. E novas cabines vazias, ociosas, revelando que ali (jaz) um atendente ativo, resolvedor de problemas alheios. Me sinto muito impotente nesses locais.

É preciso citá-las. Odeio senhas eletrônicas. Me parecem que servem mais para irritar, lentamente, com seus números misturados e longos, e seus sons de alerta. O guichê fica aonde? E a senha qual é? De tanto pensar, o painel já sinaliza outras...

E nem me lembro porque resolvi começar a falar sobre essas coisas. Ah, claro. Tenho sido mal atendida, na Bahia, há muito tempo. As recorrências me fazem lembrar da minha idade, do quanto estou ficando intolerante e de como gostaria de conduzir atividades de formação para atendentes. Meu curso seria com a abordagem sobre o que os clientes gostam. Chega de falar do contrário. Melhor marcar o que é positivo.

Sabe por que? Na (dura) realidade, somos massacradamente alvos de maus tratos. Não. Não estou falando de atendentes de telemarketing. Essa é outra atividade laboral danosa, que agride ouvintes e falantes. Já temos aí o início da síndrome da irritação crescente. E nem estou de TPM...

10 comments:

  1. Passei por uma situação igual a essa recentemente. Num cartório aqui em salvador e também no meu ambiente de trabalho.
    Os abusos da espera e do péssimo atendimento que temos diariamente.
    O que mais revolta é que para nos, que sofremos de abusos nos resta apenas pagar além do serviço prestado
    devemos pagar por atenção.
    Um dia iremos pagar até por não querer ser atendido.
    E no meu trabalho vejo o comodismo que a tecnologia proporciona.
    o esforço desprendido é mínimo pois sempre existirá a famosa frase:
    "Procure o menino da Ti", como odeio essa expressão.Para mim é traduzido assim ..."Não farei meu trabalho pedirei a alguem ".
    Risos, a melhor parte disso é que aprendo as ter paciência.
    Como o Dalai Lama disse:"Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância."

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  2. Um dia ouvi de vc: "Fala sério, vc ir parar numa emergência por causa de uma gripe...".
    Sim, eu fui, pessoas adoecem.

    Tem certeza que não é TPM?

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  3. Gerson. Não sei se é pq trabalhamos na mesma empresa...talvez..mas a responsabilidade tem sempre um dedinho da TI...viva o Mega! rs...

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  4. Ai, Patiinha...não falei de doença, quis falar da falta de ética, da falta de compromisso no trabalho...tentei falar do "mal estar na civilização" Bj, amiga!

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  5. então publico aqui a morte iminente do Mega.
    Você sabe que não questiono você.Apenas as circunstanciais.

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  6. passamos por isso quase todos os dias. e o que mais dói, nesta (des)prestação de serviços, é que a espera é obrigatória. Temos que ficar esperando pela boa vontade de alguém se movimentar, e somente pegar um carimbo, usar, e depois assinar... e nem sempre fazem, só para ver a cara do povo...
    enfim...
    adorei seu texto (apesar de ser suspeito, porque adoro sempre eles, rsrsrs)

    bjo Kikaaaaa

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  7. Ah, essa sua irritação muitas vezes é minha também. Como é difícil lidar com isso, ver gente colhendo milho quando o fubá já deveria estar pronto!...
    Um beijo, amiga viajante.

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  8. Gerson, o Mega vai mesmo morrer? Sério? 1 minuto de silêncio, por favor...rs..bj

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  9. Pois é Kiko, muitas vezes, fico "viajando" pelo ambiente (geralmente cinzento e cheio de desocupados) e percebo que de fato, não nos enxergam...outro dia, ouvi a conversa de uma atendente no celular..ela estava a km, dali...rs...obrigada pela visita, querido! Bj

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  10. Marcelo. A nossa sorte, é que tudo o que vivemos, depois, nos inspiram...os posts agradecem!!Bj

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