10 October 2010

Entre as frutas, mamão havaiano

Essa é terceira vez que visito Itacaré, uma vila cercada de árvores seculares, muito verde, graças à reserva da mata atlântica, que contorna as suas lindas praias.

Sabem que não sou agente de turismo, mas pra quem curte sombra e água fresca, além do frescor e som que vem do mar, é sempre uma das melhores pedidas.

Comparada a outros lugares paradisíacos do estado, diria que difere bastante do estilo de Praia do Forte, e toda a extensão da linha verde, como Guarajuba, Itacimirim, Imbassaí e Costa do Sauípe. Talvez, lembra o estilinho pitoresco de Morro de São Paulo, embora lá, os carros, felizmente, não transitam pelas ruas.

Há outras semelhanças. Mesmo ainda não tendo tido o prazer de conhecer Barra Grande, para incluí-la nessa comparação, resumiria em três características: o encontro intenso com as belezas naturais, a sensação de férias permanentes, e por último, a percepção de como o ecoturismo tem crescido no litoral baiano. São diversas as opções de onde ficar, entre pousadas, hotéis e chalés, sempre convidativos e aconchegantes.

Me lembro que nas duas primeiras vezes que estive nesse pedacinho de céu, acompanhada da minha linda família buscapé, a dinâmica era outra: havia no máximo duas pousadas para os turistas. O forte, na época, era o aluguel de casas de veraneio. Tudo bem simples, sem confortos como ar condicionado e água à vontade (esse era um problema). A estrada de acesso era um caos.

Como podem concluir, motivos não faltavam para limitar a invasão e devastação do paraíso, mas sabem como o ser humano é, aonde encontra desafios, também identifica neles, novas oportunidades de gerar emprego e renda.

Com Itacaré, não foi diferente. Foi assim.

Resultado: hoje, além dos avanços citados, ainda sem uma rede de esgoto, temos uma infinidade de opções de restaurantes, barzinhos, pizzarias e afins. A população se multiplicou e o comércio também acompanhou o crescimento.

Os nativos, são muito mais compostos de pessoas e casais vindos do sul e sudeste do Brasil, além de estrangeiros. Todos desejosos por aumento do turismo e desenvolvimento local. O açaí está aprovado, o café com cacau, também. Mas a alimentação é cara, pra chuchu! Nunca mais tinha usado essa expressão...será que revelei minha idade?!

Isso, não importa...penso que, esta cidadezinha, cheia de história e culturalmente diversa, agrega mais valor ainda pelos amantes do surf. Há uma praia natural  e especialmente destinada aos fanáticos por ondas gigantes, donos de pranchas e pranchões. Parece até que estamos no Havaí:)

Estou adorando revisitar essa cidade, nessa terceira vez, com duas novas parceiras de viagens. Elas são divertidas, animadas, sem frescuras, do tipo que andam quadras e quadras, para eu encontrar o meu chiclete sabor melancia! E ainda me estimulam a ficar mais tempo off line.

Mas exatamente como imaginam, preciso estar conectada, para postar esse meu diário de bordo.

Enquanto escrevo, ouço o barulho do mar, misturado com o das folhagens das amendoeiras e coqueiros. O cheiro que sinto, vem da maresia e do orvalho das muitas flores, que estão saltitantes, com essa primavera toda, com gostinho de verão.

Agora chove, por isso estou na deliciosa varanda, deitada na rede, e não perto do mar...

"..se lembra quando a gente, chegou um dia a acreditar, 
que tudo era pra sempre, e o pra sempre, sempre acaba..."

12 comments:

  1. Em que pese a chuva, Itacaré é Itacaré e tudo é lindo. Beijos Jú!

    PS: Belos pés.

    ReplyDelete
  2. Louca pra conhecer Itacaré!!!
    Fica pra próxima, pq aqui em Itacimirim o céu está sem uma nuvem e o sol brilhou o dia todo.
    E mamão, só no café da manhã!

    PS: Adorei a foto!

    ReplyDelete
  3. Luiz, que legal, sua visita, daí, de outro pedacinho de céu...Itacimirim é perfeição...um abraço!

    ReplyDelete
  4. Patiinha...a vida em Itacaré é nostalgia pura...um dia, vc conhecerá, e terá muito o que relembrar...um beijo!

    ReplyDelete
  5. Mas que vida dura, heim? Aproveite muito, amiga viajante. Um beijo pra você.

    ReplyDelete
  6. Oi Juci adoro ler seus textos. Alegrias sem fim.
    Nilzan

    ReplyDelete
  7. Muito bom Ju!!!
    Bjs
    Liane Soares by gmail

    ReplyDelete
  8. Marcelo, a vida boa durou pouco...ainda bem que eternizo na escrita! Um abraço!

    ReplyDelete
  9. Nilzan, tudo bem? Saudades dos nossos encontros semanais, lá, naquele universo das sete pedagogas....um abraço!

    ReplyDelete
  10. Liane, querida, finalmente...volta mais, viagem boa é aquela que o passageiro sempre retorna...bj

    ReplyDelete
  11. Ô beleza!!

    Um dia vou passar por todas essas praias! Deixa que o tempo sobre e que o dinheiro ajude! haha

    Beijo!

    ReplyDelete
  12. Oi Edu..venha sim, pra passear ou quem sabe pra morar! Hoje, conheci na faculdade, um professor de sampa, que me disse categórico: queremos (família toda) sair de são paulo... não dá mais!
    Garanto que a Bahia, ainda cabe muitos de vocês...pirâmide invertida...antes, os nordestinos invadiam a selva de pedra...bj

    ReplyDelete