30 November 2010

As três despedidas

nós e os nós
Estávamos brigados e mudos. Ele me acompanhou até o ônibus partir. Ficamos nos fitando por um longo tempo. E mesmo quando o ônibus entrou em movimento, nossos olhares não se movimentaram, como se estivessem fixos, num só ponto. E eu parti. Pra trás ele ficou. Pela janela, ainda sentia o olhar dele sobre mim, além da poeira no ar.
------------
Todas as vezes que nos despedíamos, ele me dava um beijo na testa, e um 'tchau Juba', que me desmanchava. Na última vez, foi a pior de todas. Ele se despediu e eu lhe disse ADEUS. Claro que não era pra valer. Mas ele me olhou com raiva. E eu desviei o olhar. Ele sabia da mentira. Me ligou e comentou sobre o blefe. Adeus, existe?
------------
O vôo, marcado para 6h30, exigia que eu me levantasse bem mais cedo. Então decidimos dormir bem mais tarde. Tive pena de acordá-lo. Na madrugada, nos despedimos. Quando levantei, busquei no escuro minhas peças de roupa espalhadas pelo quarto, pelo banheiro, e os sapatos pelo chão. Era proibido fazer barulho. Mas ele acordou e me enlaçou, ainda no escuro. O interfone tocou. Era o taxista marcado, me lembrando da realidade.

6 comments:

  1. Ai,ai... Despedidas de amor! Dizer adeus a quem amamos é difícil. Mas, a certeza dos reencontros, nos consola. Bjokas

    ReplyDelete
  2. Argh... odeio essa sensação! Mas sei como é. Na verdade essa aí Juba não foi assim, é assim. Ponto.

    Enfim, fim de um início de outro. Uma hora a gente se encontra e se apaixona por nós mesmos! (essa construção ficou horrível, mas é assim mesmo q tem que ser)

    Bejo!

    ReplyDelete
  3. Oi Kátia, nada de consolo...quero mais é partir para outra viagem! Bj

    ReplyDelete
  4. Eu tô de plantão esperando esse reencontro...
    bjo amiga

    ReplyDelete
  5. Hein? Plantão, Patiinha? risos...Bj

    ReplyDelete