20 December 2010

Ele, o viajante

Nem nos conhecemos fisicamente. Eu moro na Bahia. Ele, em Sampa. Mas entre nós, há mais cumplicidade (palavra linda) que distâncias. Parte de mim, já me conhece, sobretudo no território dos pensamentos transformados em escritos. Igualmente, conheço parte dele, em meio às poesias e ideias sobre o mundo da política, da economia e da administração.
Foi assim: entre blogs e comentários, que nós nos aproximamos e passamos a partilhar narrativas.
E não é que neste finalzinho de segundo tempo, do ano 2010, ele está justamente no lugar dos meus sonhos? Meu querido diário de bordo, hoje é escrito por ele.
Eu pedi. Ele aceitou.  O relato ficou menor, somente com alguns trechos,  autorizados para publicação.
Agora, sigam o passageiro. Com vocês, as impressões de Edu, sobre  a 'nossa' Nova York.
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Nova York City: Frio, descobertas e cerveja(s)
13 - 14/12/2010

No Panamá, sem chapéu
O início da viagem, tudo ok, vôo até o Panamá ok, um casal ao lado, falante e bem humorado, dormi a maior parte do tempo, mal, mas dormi. Na seqüência fiquei esperando por 2 horas o embarque do Panamá pra NY, e as coisas ficaram um pouco estranhas: não há chapéu panamá no aeroporto do Panamá!! Rodei o aeroporto inteiro, achando que talvez fosse encontrar um, mas simplesmente não existe... o vôo chegou às 7:40 e conforme o tempo foi passando, mais pessoas apareciam no aeroporto, muitas delas com o chapéu do jeito que eu queria. Fiquei pensando se era possível parar algum daqueles senhores e comprar o chapéu deles... hehehe, mas acabei não fazendo isso.
(...).
A Chimay, a Guiness e a Purple Haze 
A casa da Giu (anfitriã em Nova York) é localizada num lugar muito interessante em Manhattan. Eu diria que é como se fosse minha casa em Sampa: perto da Augusta. É um lugar relativamente underground. Próximo da Bleecker St. lugar onde há vários pubs, bares e algumas casas noturnas. Fui recebido com uma Chimay, cerveja belga, tiragem especial, e depois de contar a história toda pra ela e tomarmos a cerveja, fomos ao Dempsey's. Um pub que fica a menos de um quarteirão da casa dela. Assistimos a NFL, tomamos a Guiness, comemos um hambúrguer com fritas que puta que me pariu, como tava bom aquele negócio!! Antes de ir embora eu vou lá de novo só pra comer aquele hambúrguer! Tomamos uma outra cerveja americana, chamada Purple Haze, parecia um suquinho, com um sabor adocicado (raspberry). (...)Nessa noite nevou, fazia uns 6 graus negativos e, na esquina o frio era foda.
(...)
Metrô e Museu do Sexo.
(...) No primeiro dia já tomei lições de como andar no metro. O Metrô de NY é realmente diferente, tem uma lógica toda própria, mas tem lógica!! (...) Frio filhadaputa, demos uma volta rápida, mas algumas fotos foram tiradas. Ficamos com fome e fomos para o Gray's Papaya, um hot dog famoso em NY, almocamos e fomos para o Aroma Café, tomar um capuccino, porque tava muito frio. De lá, decidimos que iríamos ao Museu do Sexo e fomos. O lugar vale a pena ser visitado só pela história.(...) No fim do tour ainda rolou um café com drinks sem álcool, afrodisíacos...hehehe.
A Blue Moon:
The Bitter End é um pub onde tocam bandas locais. É interessante ver como o pessoal assiste de verdade ao show. Todo mundo nas mesas olhando o cantor e banda, que por sinal era excelente.Tomamos uma Blue Moon (cerveja americana que tem gosto de pêssego)... não gostamos, mas completamos com outra cerveja local padrão, que nao vou lembrar agora. 

Foi assim: (...) o primeiro dia, e conforme for dando tempo vou escrevendo mais os outros....
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Recado da Viajante para o Viajante:
Edu, estou meio embriagada com as descrições deliciosas do seu cenário de Manhattan! Ah...não se esqueça do meu ímã de geladeira!

5 comments:

  1. Só mesmo a licença poética de um texto vindo de Manhattan pra permitir que minha amiga viajante poste palavrões em seu blog. Adorei o "frio foda" e o hamburguer "putaquepariu"... rsrsrs
    Só pra bagunçar um pouquinho esse blog politicamente correto.

    Belo texto, Edu, conta mais!

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  2. Pessoas polidas demais ignoram o poder descritivo de um palavrão! hehehe

    Valeu Ju! Ficou mto bom! Parece até que eu quem escrevi.... hahahahah

    Beijo!

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  3. Bacana o relato. Seu amigo é meio um Jack Kerouack na versão tupiniquim. Gostei, amiga viajante. Um Natal incrível pra você.

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  4. Paty e Edu: não sou polida demais e reconheço o valor dos palavrões, que muitas vezes precisam ser usados (como neste caso), quando precisamos dar a ênfase necessária ao que tentamos dizer....uso na linguagem oral, e na escrita, de fato evito, porque não consigo vê-los escritos por mim...fazer o que? risos...
    Mas Edu pode tudo, por aqui! Jamais mudaria o tom da sua narrativa! Bj

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  5. Oi Marcelo! Que bom ter suas impressões por aqui...consultei na biblioteca da web e não consegui associar a forma de escrever de Edu com a de Jack Kerouac...precisaria lê-lo...indica aí, vai! Bj

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