21 December 2010

A pressão do período

Sou sugestionável e todos que me conhecem, sabem disso. Vez ou outra tento ficar alheia ou mais distante dos contextos reais, mas ultimamente isso não tem sido fácil.

De um lado, as confraternizações intermináveis no trabalho. Parece que no natal, os guetos tornam-se mais visíveis. Resultado: você acaba sendo convidado para três, quatro ou mais encontros de final de tarde, com direito às terapias grupais, do que foi bom, do que poderia ter sido melhor, das projeções. Isso não é uma crítica, apenas uma constatação.
No outro retrovisor, as confrarias familiares. As notícias de quem está com passagem marcada, de quem já está na estrada, do que servir na ceia natalina, e na do ano novo, do que vestir, e blábláblá... um mundo à parte de grandes decisões, que diga-se de passagem, são decisões simples, bobas, se considerarmos por quem os sinos dobram, porque o ambiente está cada vez mais poluído, ou o consumo de drogas mais elevado, ou a violência, ou a crueldade, ou a falta de ética, tudo, para nosso desconforto, tão presente nas relações sociais.
Mas é isso. Sugestionada pela mídia, e pelo mercado que me espera ansioso, e por tantos outros consumidores aflitos, por não terem despejados os seus décimos terceiros salários e férias em suas lojas, sei que passei a fazer parte desse grande universo.
Descobri que papai noel é um ser lendário. De fato, penso que nunca tenha existido nenhum velhinho de botas pretas e barbas brancas, que conseguisse dar conta dos meus infinitos desejos e sonhos mais ousados. Tudo é fruto da minha imaginação? Ou das minhas sugestões?
Enfim, é natal. Por isso, por mais repetitiva que eu seja, muito influenciada pelas confraternizações das quais participo, e choro, e rio, e me emociono, é que eu gostaria de desejar paz, muita paz. E saúde. E um mundo melhor. E menos tudo de ruim.
Como viajante, confesso que a viagem em 2010 foi longa. Exaustiva.
Nem aportei a bagagem no cais, mas com malas prontas para 2011.
Preciso, nos últimos dias do ano, de um tempo de sol e mar, ao lado de minha família numerosa, que do Acre ao Rio de Janeiro, chegarão em Ilhéus, no próximo dia 23.
Mais que isso, desejo abraçar e ser abraçada. E sonho com mais amor no ar, nos poros, pelos 4 cantos desse mundo, para todos nós.

7 comments:

  1. Pra quem não conheceu, a imagem deste post, foi a primeira versão do meu bloguito. Adoro ela. E estou de frente!(:

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  2. Amiga, sinto falta da nossa pequena confraternização. Combinei com Lina amanhã. sentiremos sua falta.
    Feliz 2011! Já que estarei tão perto, vou colaborar o máximo para isso. E feliz natal com a família em Ilheus. Bj.

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  3. Verdade, Gica. Creio que esse será o primeiro ano sem o nosso momento. Sentirei falta, tb...mas a nossa confraria é atípica, e é eterna! Feliz Natal, tb, amiga! Beijos em Isa, Moraes, e em sua família toda!

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  4. Belo texto, Juba, excelentes reflexões. Fim de ano dá nisso, né... já chorei tanto...
    Enfim, saudade tbm das farrinhas nas confraternizações do CDI.
    Um bjão e em 2011 saúde, paz e realizações!

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  5. Minha amiga viajante, fim de ano sempre nos torna mais sensíveis e tbém mais fortes e esperançosos em relação ao novo ano. Que 2011 seja mesmo o ano do Amor!
    Paz, saúde, conquistas e muito Amor sempre! Bjokasssssssss

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  6. Amiga viajante,
    Obrigado por partilhar conosco esta viagem interior. E por nos inspirar, com seu texto, para uma jornada ao longo de nós mesmo. Sigamos juntos em 2011. Happy New Year!

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  7. Patiinha, Kátia e Marcelo: que 2011 possamos descobrir novas formas de alegrar os nossos dias...que nossos blogs colaborem para isso, também!! Beijinhos!

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