16 January 2011

Mais amor, por favor...


"o amor é bom, não quer o mal"
Como todos sabem, a mídia exagera e é repetitiva, em cenas trágicas. Se eu pudesse, eu faria sumir as tragédias sociais do nosso mundo; me sinto literalmente impotente com tanta visão infeliz que a nossa televisão propaga. Mais infeliz ainda, por entender que, nos noticiários, sempre buscam retratar as cenas mais marcantes dos eventos reais.

Alguns dizem que há uma conspiração política, estrategicamente pensada, para fragilizar o início da gestão da nova presidência. Os cariocas me diriam:
-"fala sério" ou "com certeza"??
Eu lhes responderia:
-Falam sério, com certeza!
Brincadeiras à parte, pois não cabem nesse contexto, me impressiona como os jornalistas manifestam-se vampirizados; sugam até nossos calafrios, com suas câmeras ultra modernas.
Afora isso, ainda somos virtualmente sugestionados nas redes sociais da moda, pelos discursos inflamados dos intelectualóides, ou daqueles que 'acreditam' cumprir com a missão social enquanto ativistas ambientais, ao especularem sobre a invasão humana e seus efeitos devastadores, desta vez, retratados na região serrana do estado do Rio de Janeiro.
Estão muitos sitiados, tristes, ilhados, soterrados, cercados de lama e destroços, desesperados, com tantas perdas humanas e materiais. É muito desolador.
E é muito triste, perceber esse movimento assombroso, e tão próximo a mim, nos meus primeiros dias de 2011, mais quentes.
Pergunto-me, se não estou sendo muito egoísta ou muito alienada. Provável que sim, nas duas constatações. Vizinha ao caos, e, ao mesmo tempo, curtindo à exaustão, momentos especiais, cheios de afetividade e alegria, na casa da Lola, em "copacabana, princesinha do mar".
Assim, gostaria de poder demonstrar a minha solidariedade e reafirmar o quanto torço pela paz, pelo fim dessa chuva desumana, e um recomeço de esperança para as famílias desabrigadas.
E como turista que sou, novamente percebi que o Rio de Janeiro continua lindão! Os cheiros, as ruas, as pessoas transitando de lá pra cá, a lagoa, a orla, o burburinho incessante, desta cidade que amo, mesmo!
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Sobre a imagem associada ao post...trata-se de uma polêmica intervenção artística, exposta nas ruas do Leblon, feita pelo designer Rodrigo Pereira. Nela, talvez esteja traduzida parte da minha percepção sobre a onda de violência no Rio. Violência, essa, invisível aos meus olhos amorosos; isso porque já entendi, que tudo o que precisamos é de mais afeto. Ou seja, basta de temporais, e de maus tempos.

8 comments:

  1. Depois de tanta desolação e perda, espero mesmo que nos próximos meses deste novo ano só aconteçam temporais de amor e solidariedade.
    Excelente texto Ju.Bjssssssssssss

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  2. Não vou entrar no mérito da questão do "egoísmo e alienação".
    Você nasceu pra ser (e fazer) feliz e brilhar.
    Volta pra cá!
    bj

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  3. Texto e imagem perfeitos. Parabéns, amiga viajante. Aconteça o que acontecer, não perca o ímpeto e a vontade de conhecer coisas novas. E não esqueça de levar a gente junto. Um beijo.

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  4. Si, probabilmente lo e

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  5. O Rio de Janeiro continua lindo, porém, triste com as vidas que se vão na corrente das águas que caem.
    Um beijo Jú!

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  6. Pessoas queridas...agradeço os comentários generosos! Bj

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  7. Oi Ju!! Aos poucos estou voltando, e depois dessa viagem eu resolvi que tenho do do povo brasileiro. Sei q do e um sentimento desprezivel, mas e verdade. Aqui na Europa existe uma coisa chamada Urbanismo, que torna o ambiente das cidades mais aprazivel, assim como torna o direito de ir e vir algo tao facil e gostoso, que carros sao artigos dispensaveis. Quando os intelectuais, os politicos, as proprias pessoas que inventam de construirem suas casas em lugares perigosos vao aprender?

    Enfim, aqui tambem vai meu apoio as vitimas, e a torcida para q as fatalidades tenham sido as menores possiveis.

    Bejo!

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  8. Ai, Edu...tô aqui em sua terrinha e queria muito te encontrar pra conversarmos sobre suas impressões sobre nova york, espanha, são paulo, rio, bahia...seria ótimo! Mas fica para a próxima né? Bj

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