26 January 2011

Um bom presente

Evito fazer propagandas. Mas a verdade é que o meu bloguito versa sobre viagens; Abaixo, uma indicação de leitura a respeito desta temática. Até então desconhecia o autor, que me chamou a atenção numa entrevista que li, recentemente. 
Numa das perguntas, questionaram-lhe sobre a diferença entre ser turista e ser viajante.
Claro que me encontrei nela, pois, segundo ele, o viajante experimenta, se aventura, busca se envolver afetivamente com o novo lugar. Já o turista, fica mais restrito (e isso não é uma crítica) a cumprir roteiros, visitar somente lugares famosos, fotografar tudo que já foi fotografado, de novo...
Então, reproduzo aqui trechos de uma sinopse da sua obra, lembrando que fevereiro vem aí, e dia 19 também (:

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Segundo Alain de Botton, as viagens estão entre as atividades que melhor revelam a dinâmica da busca pela felicidade, em todo seu ardor e seus paradoxos, pois elas expressam como poderia ser a vida fora das restrições do trabalho e da luta pela sobrevivência. É disso que trata seu novo livro, A arte de viajar, em que ele explica que mais importante que saber o que ver numa viagem é saber por que ver. Num texto saboroso e nunca superficial, best-seller em vários países, Botton conta como as viagens, a literatura e as artes plásticas se influenciam entre si – um simples passeio pode levar à redação de um clássico, que por sua vez pode inspirar a pintura de uma obra-prima, estimulando milhares de pessoas a fazer o mesmo passeio. Neste ciclo infinito, muitas vidas encontram seu sentido.
"Poucos segundos na vida são mais libertadores do que aqueles em que um avião levanta vôo para o céu", escreve o autor. Conforme a aeronave sobe, os problemas parecem se tornar tão pequenos quanto os prédios lá embaixo. No entanto, Botton acredita que belas paisagens e hotéis de sonho não podem jamais garantir nossa felicidade – quem viaja levando a tristeza na bagagem dificilmente conseguirá fazer uma boa viagem. No entanto, esse é o comportamento de diversas pessoas. Como Charles Baudelaire, que dizia: "Para qualquer lugar! Qualquer lugar! Desde que eu saia deste mundo!"
Botton conta que nenhuma paragem amenizava as angústias de Baudelaire, tão lindamente expressadas em seus versos, que mais tarde encantariam o jovem pintor Edward Hopper numa viagem a Paris. A poesia do poeta francês o acompanharia pelo resto da vida e influenciaria seu trabalho, marcado por imagens de pessoas solitárias em lugares de grande movimento, como bares, lanchonetes, vagões de trem, saguões de hotéis e estradas. São paisagens normalmente desprezadas, mas vitais para os viajantes. Quase todas as figuras que Hopper pintou parecem estar sozinhas e longe de casa.
Para Botton, "as viagens são parteiras do pensamento". Poucos lugares seriam mais propícios à reflexão do que um avião, um navio ou um trem em movimento. E quartos de hotel oferecem a oportunidade de fugirmos de nossos hábitos mentais, pois estamos longe de tudo que nos seja rotineiro ou familiar. O autor acredita que nosso entusiasmo com um lugar estrangeiro advém, muitas vezes, de nossas insatisfações com nosso próprio país.
(...)
Leia mais em: Editora Rocco
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Livro: A ARTE DE VIAJAR
Autor: Alain de Botton 
Tradução:Waldéa Barcellos
ISBN:85-325-1578-9
Páginas:276
Formato : 14x21
Preço : R$ 42,00

4 comments:

  1. Eba!! Acho que vale a leitura, irei atrás assim que concluir a pequena cruzada para o mestrado.

    Bejo!

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  2. Mestrado, Edu? O que uma viagem maravilhosa não faz, hein? Gostei da novidade!! Bj

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  3. Vinda de você, que é especialista no assunto, a dica só pode ser quente. Valeu, amiga viajante. Um beijo pra ti.

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  4. Ai, ai...só vc Marcelo...eu, especialista? Risos...sou só uma pessoa que ama viajar! Bj

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