19 June 2011

"Os nomes do amor"

Esse foi o título traduzido, no Brasil, para uma comédia francesa que assisti recentemente. O correto seria "Os nomes das pessoas", já que o original é Les Noms des Gens. Mesmo com essa mudança, e talvez proposital, o filme aborda, no meu entendimento, com sensibilidade e beleza, ideias sobre o amor, em suas variadas formas, em seus variados contextos. 
Sabem que não sou crítica de cinema. Não fico atenta a quem é o diretor, ou quais foram os filmes que fez antes... não chego nesse grau de proximidade com as produções cinematográficas. Sou apenas uma consumidora voraz, uma cinéfila de plantão, sempre desejando assistir filmes extraordinários, que me façam viajar, de fato, mesmo que sentada e devorando pipocas. 
Neste caso, senti um desejo grande de comentar aqui sobre a viagem que fiz ao assistir "Os nomes do amor". Os protagonistas travam uma espécie de análise sobre suas histórias de vida, e nos convidam a conhecê-las, sob suas óticas. 
Adorei e me envolvi demasiadamente com o enredo. Quando terminou a 'sessão-regressão', entre boas risadas e lágrimas teimosas, concluí que as marcas do passado nem sempre nos aprisionam, mas são determinantes para direcionar, ou sugerir, nossas condutas, a maneira como nos comportamos ou agimos, sobretudo nas relações amorosas.
Entendo que o amor, embora não deva ser definido, é uma extensão do que somos, ou do que pretendemos nos tornar. Pra mim, a possibilidade de amar alguém, respeitando suas diferenças, nos aproxima desse estado de arte. A vida, pode passar a ser um filme, afinal, quando a gente ama as cores do mundo ficam muito mais atraentes. O que nos cerca, ganham um efeito especial. Tudo parece funcionar ou faz mais sentido, ainda que os males, as dores, as desigualdades estejam, contraditoriamente, demarcando as suas presenças. 
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Não deve ter sido à toa que uma das músicas mais lindas de Renato Russo, tem um título tão sugestivo: "vamos fazer um filme". Eu topo. Mas ele que me perdoe, pela correção. O nome correto para mim seria "vamos viver um filme". Eu continuaria topando. 

7 comments:

  1. Ju, cheguei a conclusão que esse tal de amor só é bonito mesmo em filme.
    A paixão é que embeleza a realidade.
    Bjs de luz

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  2. É Kátia, o amor romântico de fato não sobrevive fora das telas...tens razão...mas a paixão tb, logo vira cinzas...eita realidade massacrante! Bj, querida!

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  3. Bacana a sua viagem acompanhada de pipocas. O motorista do Gil também agradece a carona que te deu lá em Consoantes Reticentes. Um beijo, minha amiga.

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  4. Acredito nesta idéia de que os amores são filmes a serem vividos. Precisamos retirá-los do gênero ficção, já que a maioria das pessoas o fantasiam muito. Beijo Jú

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  5. Marcelo, o taxista de Gil é ótimo...adorei a carona! Quero mais histórias!! Bj

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  6. Bom saber que minha amiga querida está vivendo um filme com meu amigo! Bj, Luiz!

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  7. Concordo qdo vc diz que as marcas de antigos amores servem para direcionar novos rumos, novos caminhos... ainda que essas marcas sejam negativas, sempre tem alguma valia.

    bjão

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