Uma viagem romântica? Como é isso? Como começar a escrever um conto, cujo título já vem pronto, sugerido por ele? E agora, como faço para escrever sobre nós dois, sem parecer tão escancaradamente meloso? Não imagino. Sou açúcar, para sempre, a partir de hoje.
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Ele se intitulou “mar”, o “mar de ju”, ou seja, o meu mar. Então fechei os olhos e escutei o som que vinha do mar, pra lembrar dele, do meu mar. Me lembrei de tudo o que fomos, no passado. Da saudade entranhada, dos mínimos detalhes vividos. Deu vontade de voltar a me banhar, naquele mar de memórias prazerosas.
Experiência inusitada essa. Ganhar o mar de presente, num título de um conto.
Já me presentearam com a lua cheia. Na época, fiquei demasiadamente feliz. E passei a olhar a lua com mais carinho, mais paixão, mais amor. E por causa da lua cheia que um dia ganhei, resolvi presenteá-la também.
Presente caro. Raro. Vale mais que mil palavras, mais que um milhão de jóias, ganhar uma lua de presente.
Presente caro. Raro. Vale mais que mil palavras, mais que um milhão de jóias, ganhar uma lua de presente.
Agora, imagine ganhar a imensidão do mar, inteiro, com todos os seus mistérios e belezas, todo pra você? Já pensou o que é receber esse magnânimo presente, assim, do nada, numa noite que a lua está minguando e ele, o mar, agitado e prepotente, aceita com prazer, receber o reflexo minguante, em suas ondas?
Emoção: foi como ter ele de volta, em meus braços. Sou pura felicidade. De saber que tenho agora a lua e o mar, em mim.
E quem é o senhor das marés, que diz ser meu? Ele é uma alma boa, do bem, que destoa das demais. Tem um humor que adoro. Um jeito de dizer as coisas que me faz sorrir e ficar boba. Ele tem um olhar terno, e ao mesmo tempo forte, daqueles que quando olhamos, parecem ser dois faróis que brilham somente em nossa direção. Como se ele só enxergasse a mim, à sua frente, e nunca tivesse prestado atenção em qualquer outra coisa, entre o céu e o mar.
E, como o mar, ele é devastador. Abriu a minha mente. Me desnudou a alma. Desbravou meu coração. Estudou e conheceu o meu corpo. Mergulhou nos meus desejos. De certo, também aprendeu a me amar.
Agora seremos dois cúmplices e inesquecíveis um pro outro: a Ju do Mar e o Mar de Ju.
Que coisa bela Jú. Agora é só navegar. Abraços!
ReplyDeleteOi Luiz, obrigada pelo elogio e dica...nem sempre podemos navegar em rios já navegados. Esse é um amor acabadaço. Ao menos, está aqui, eternizado. Bj!
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