25 September 2011

Sobre lá

Eu fui!
Pensei em não escrever mais nada acerca da experiência de ter vivido o meu primeiro Rock In Rio, aos 41 do segundo tempo. Mas a contagem regressiva, o antes, a véspera, o durante, e o que veio depois, tudo foi tão intenso que me rendi, sugestionável que sou, aos encantos e seduções da marca mais criativa e linda que existe.

Sobre minha percepção da Cidade do Rock, queria ter a capacidade de guardar na mala, tamanho GG da memória, todos os momentos vivenciados, dos memoráveis aos lastimáveis. Sim, existiram também. Claro que o mundo não é perfeito. Nem os que são projetados em maquete e coordenados por especialistas em eventos desta natureza.

A minha tentativa na escrita, daquele jeito que amo narrar o que me afeta, é, no mínimo, insuficiente para comportar com riqueza de detalhes, esses instantâneos vividos, de felicidade coletiva.

Como devem imaginar, eu era apenas uma na multidão de curtidores, fãs, artistas, fotógrafos, adolescentes, jovens, crianças, adultos, tios, primos, pais e filhos, de diferentes lugares, todos reunidos e cúmplices.

Cada espaço, uma história. Cada show, várias surpresas. Cada cantinho na grama artificial, delícias de descanso, de piqueniques ao céu aberto, alheios ao vento frio, do tardio inverno carioca, em plena primavera.

Sabem que mergulho, não sabem? Sentada, deitada ou em pé, acumulei milhas de observações sobre roupas, acessórios e trejeitos das diferentes pessoas, das 'n' tribos que transitavam, dançavam, dormiam, namoravam, ou atrapalhavam nossa visão, junto aos mega telões.

Cada ida a uma fila, muitas risadas e dores nos pés, de tanto ficar pra lá e pra cá. Foram quilômetros e quilômetros de caminhadas voluntárias, e outras forçadas.

Tive medo de não suportar esperas, entre as bandas. Apreensões descabidas. Eram tão rápidos os intervalos, que fiquei impressionada com a competência dos que fazem parte da ala 'por trás das câmeras', dada a agilidade nas trocas de cenários, e da pontualidade para cada show começar e terminar.

Fotografei até o que não vi, de verdade.

Curti as minhas e as alegrias alheias. Dos muito mais jovens, que talvez estivessem festejando o primeiro show das suas vidas, aos mais velhos, que acompanhavam as canções prediletas de olhos fechados, pele arrepiada, ouvidos atentos e braços abertos, como aquele Cristo, redentor de todas as nossas fraquezas e forças. Exatamente assim estive eu, no segundo grupo.

O Rock In Rio teve muito pop, teve muito rock, teve até axé, para minha tristeza. E mais um tantão de funk, música eletrônica, jazz, blues, reggae, pipoca, luz, fogos de artifício, tirolesa, e muita, muita emoção.

Sobre as incessantes chuvas e as capas, bem, aí teria que ser um capítulo à parte. Quem me conhece sabe que amo quando chove. Estar na chuva não me incomoda. Poças de lama não me incomodam. E quem está na chuva, sabe que é pra se molhar, ora bolas... não há pra onde fugir, nem porque fugir.

E Foi assim: um mundo à parte, recheado de boa música, alegria dos que juntos comigo partilharam essa fantasia. Me diverti demasiadamente em companhias de pessoas queridas como a priminha AnaLu, Tia Lola, Beta e a Carolzinha do Guile.

Por isso tudo, saio dessa viagem literalmente extasiada. E o melhor: cumpri a meta almejada: fiz a campanha de promoção da saúde!!! Basta de drogas, que são uma droga. Lei seca, JÁ!

Agora é voltar pra realidade. PUTZ!

6 comments:

  1. Você conseguiu sintetizar perfeitamente em algumas belas palavras. Obrigada pela companhia e espontaniedade.Adoreiii
    Grande bju

    Carolzinha.

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  2. Já descansou e parou de sentir frio, Carolzinha? Beijos...curta muito o que ainda vai viver, na cidade do Rock! Ah...e leva toalha de plástico, pra grama ficar agradável...risos

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  3. Confesso que tenho receio desses mega shows, sou medrosa. Mas essa coisa de estar nas maiores baladas é a sua cara.
    Vivi sua emoção agora, aqui, lendo esse relato.

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  4. Marcelo Sguassábia26 September 2011 at 13:07

    Eu pensei que não tinha ido, mas fui. Com seu texto eu fui, sim. Um beijo e obrigado pela viagem.

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  5. Claro que você esteve lá, Marcelo... me lembrei dos amigos blogueiros e como cada um faria a narração da Cidade do Rock... vc, certamente falaria sobre o nicho de mercado mais promissor em tempos de chuva: as capas de chuva...risos...Beijo, querido!

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  6. Patiinha, eu amo baladas mega powers...risos..um dia, iremos juntas numa dessas...pode apostar que te arrasto, com ou sem medo! Bj

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