13 November 2011

Depois do fim

As mudanças estão visíveis. Não perco mais tempo pensando no que poderia ter sido. Fiz isso durante os três últimos anos da minha vida. Juro que perdi a noção do que foi real, pois fantasiei o suficiente para nem entender o que de fato gostaria de viver ao lado dele. E chegou o dia que tudo bastou.

Claro que não é fácil desistir de um amor. Mas isso tem que ser dos dois lados. Um só lutando, insistindo, botando fé, é luta desigual. É até desumano.

Quando penso no que sou, ou no que me tornei, penso que ele continua vivinho da silva. Vi uma foto nossa ontem e quase desabei. Mas, incrível, não caiu nenhuma lágrima, nem fiquei querendo reviver nadica de nada. Senti uma espécie de saudade do que foi bom, do que foi gostoso, do que foi completo, da cumplicidade ali presente. Mas passou. Não sobrou nada, além de imagens muito lindinhas.

E reuni todas as fotos, enviei por e-mail e apenas escrevi "memórias de um tempo que foi bom". Consegui ser objetiva, direta e taxativa. O verbo no passado me forçou a enxergar o óbvio. Acabou o jogo. It's over. Ele, imediatamente respondeu. Disse ter ficado emocionado. Problema dele.

Agora? Olhar pra frente. Pros lados, também! Ainda desejo encontrar aquele amor, com sabor de fruta mordida, como Cazuza poetizou. Pode ser que esteja por perto. Pode ser que demore de chegar. Eu estarei à espreita, mas sem ansiedade.

Enquanto isso, a viagem que faço é sobre políticas educacionais, dentre elas, a reserva de cotas nas instituições públicas. Uma ação afirmativa tão polêmica quanto necessária nesse mundo de desigualdades sociais e preconceitos. Vou concorrer a uma, das duas vagas nessa linha, do doutorado em Educação Brasileira. Sabe-se lá quantos candidatos terei que enfrentar....

Como estou? A minha alma está calminha. O coração está tranquilo. A coluna, ereta. A mente, zunindo. E ele? Ah, nas memórias de um tempo que foi assim: bom.

10 comments:

  1. muito bom o texto e muito bem para o recomeço.
    minha vida é repleta de recomeços e é maravilhoso encontrar alguém que descreva tão bem o que é ter consciência da necessidade de olhar pra trás sem mágoas e pra frente sem medo. tudo vira memória, se serão boas ou ruins nós é que escolhemos e damos o devido peso a cada uma delas.

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  2. Olá Andréa, obrigada pelo comentário! Volta mais... um abraço!

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  3. Minha nômade blogueira, espero que sua busca do amor verdadeiro tenha termo e seja construtiva. Mas sem ilusões e falsas expectativas - assobiando sempre a música do Walter Franco. Deixe estar e ser.


    Respondendo à sua pergunta lá no Consoantes Reticentes: não existe especificamente um laquê pra dar brilho às gororobas da TV. É usado o laquê comum mesmo. Não é sempre, mas ainda é um recurso de que se lança mão... pelo menos é o que eu ouço falar. Um beijo.

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  4. Oi Marcelo! Sempre bom ler você... adoro seus conselhos, amigo querido...ah, o laquê (também) é uma gororoba... risos... abraços!

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  5. Esse dias eu li uma frase q dizia assim: "não confie nas reticencias (...) porque ela coloca um ponto final tres vezes". E isso é uma grande verdade. Perdi as contas de quantas vezes usei os famosos (...) e nunca pude ver a sua continução. its'over Leu! 2012 esta vindo ai..mt coisa boa vai aconetecer nas nossas vidas tia! Meu pedido de fim de ano vai ser: me surpreenda! Vamos viver o presente e de olho no futuro. bjus, ate janeiro!

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  6. Jujuba Verde, deixar certas coisas pra trás faz parte da viagem.

    Vejo que também mudou de opinião com relação às cotas. Que bom!

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  7. Mana o seu texto, como tds os outros,está muito bom...sei de quem se trata,sei que foi um cara q mt representou p/ todos nós..mas o real é que ele tem que voar.eE vc? muito mais,alçar vôo livre e ser feliz de uma vez!!
    Dilma Santana (via facebook)

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  8. L de Leu, L de Larissa (ou Lalá) e L de linda... te amo...janeiro vem sim, carregado de mudanças, muitas alegrias, farras e reencontros! Bj

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  9. Patiinha...sei disso...é que a bagagem estava muito cheia... quilos de lembranças e foi difícil seguir sem elas... risos.. sobre as cotas, mudei a abordagem do discurso, sim!! Bj, amiga!

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  10. Mana Dinha... sigo assim, confiante, com um sonho no coração, e metas na cabeça! E dia 15/11, amanhã, acaba o seu inferninho astral, hein? Viva!!! Bj, te amo...

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