23 January 2012

A lua de mel foi nossa!

Pensei ter esgotado as minhas palavras, mas veio uma nova viagem, ou um punhado de viagens curtas, e me esqueci disso.

O casamento tão aguardado aconteceu, divertiu, encantou e findou. Partimos, então, para a nossa tão sonhada lua de mel.

Optamos por uma pousada charmosa, com uma piscina convidativa, bem distante das confusões do centro e bem próxima à praia mais badalada de Porto Seguro.

Nosso destino foi planejado meses atrás, e cheio de segundas e terceiras intenções. É que meus manos só queriam isso tudo: um mar baiano, com uma areia branquinha, suas ondas fortes e salgadas, e de quebra, uma cerveja bem gelada, sombreiros e dúzias de lambreta.

Reservamos três bangalôs. Cada um deles, comportou de 6 a 8, num grupo formado por 21 adultos e uma criança. Poderia corrigir e dizer que éramos 42. Isso mesmo, o menino Lucas, de apenas 4 anos, vale por mais 21 adultos... eu já comentei isso aqui, não foi?

E antes de falar das noites enluaradas e dos dias de sol que tivemos, preciso comentar que na comitiva dos 5 carros que saíram juntos do mesmo local, um deles ficou estacionado, no meio do caminho. E não havia nenhuma pedra atrapalhando a passagem. Simplesmente, as chaves do carro seguiram no bolso de um dos atrapalhados.

Na verdade, isso é muito comum de ocorrer. Os filhos homens de D. Nalva são todos bem trapalhões. Grudados como um corda de caranguejo, quando um sai de perto, algo fica pendente, como se um dependesse do outro pra fazer o que quer que seja. Viajar, beber, colocar gasolina, comprar cigarro, vibrar pelo outro, pelo Vasco, ou por qualquer besteira que os faça gargalhar.

São capazes de errar caminhos, esquecer compras do lado de fora dos bagageiros ou nos quartos dos hotéis, desistirem ou retornarem muitos quilômetros...

Todo o esforço é apenas para conseguirem se reunir novamente, e seguirem estrada afora, juntos e tranquilos, sem nenhum sinal de estresse, rindo alto, relembrando as tolices feitas e se chamarem carinhosamente de 'idiotas', a cada dois segundos.

Confesso que sem esses "causos", não existiriam nossa comunhão. Temos tantos jargões e cumplicidades, que mais parecem códigos, só reconhecidos pela família.

Voltando à nossa lua de mel, o único casal recém-casado topou embarcar no nosso verão. Se juntaram à esse grupo divertido, torto, e tiveram lá seus momentos à dois, na suíte master, do bangalô de número 6.

Como eu estava nesse mesmo apartamento, todo dia os interpelava, pra saber se o quarto estava bom, se a noite tinha sido tranquila, e se tudo estava indo bem...

O mais bacana desse momento foi conseguir integrar o menino Lucas aos adolescentes-quaseadultos e também à nós, da geração dos mais experientes.

No final do percurso, novas histórias, muitas alegrias e uma festa de formatura nos aguardava, aqui em Vitória da Conquista.

Foi assim: tanta farra que perdi a voz, acumulei muitas dores nos pés, dos saltos altos, e um festival de lágrimas que teimam em sair de mim. O meu inferno astral, até dia 19, está bem mais ameno que o do ano passado. Ufa!

Fizemos travessias em Porto Seguro, no calar da noite, para chegarmos em Arraial D´Ajuda, e lá saboreamos pizzas e o vilarejo delicioso. Registramos punhados de fotos.

E, mesmo em tempos [líquidos] de imagens postadas na internet, inclusive nossas, em que todos estão sorridentes e aparentemente perfeitos, penso que é bom frisar que temos problemas, diferenças, embates, como acontecem nas melhores famílias, em todos os cantos desse mundão sem porteira.

Não existe relação sem conflitos. Mesmo nas imagens intactas [ou corrigidas] podemos observar sinais de cansaço, tristeza, aflição ou tensão...

Ainda assim, sei que seguiremos unidos e felizes. Para sempre.

7 comments:

  1. Muito legal seu texto prima!!! Pena que tudo que é bom dura pouco e estamos voltando a realidade,rsrs.. Mas foi maravilhoso compartilhar de momentos tão especiais ao lado de todos vcs. Saudades e até o próximo evento familiar!!! Bjosss!!

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    1. Priminha querida...foi maravilhoso contarmos com vc e Veruska... nossas distâncias encurtaram e muito... vamos pensar em novos destinos? Beijinhos!

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  2. Gosto de te ver assim, feliz, perto dos seus. Acho essa felicidade mais genuína do que qualquer outra que vc possa desfrutar.

    Um beijo cheio de saudade!

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    1. Estar em família é maravilhoso, mesmo! Meus manos são os mais especiais do mundo!!! Bj, amiga!

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  3. Essa minha amiga viajante tem mesmo muita história pra contar. Continue a nos abrir sua bagagem cheia de aventuras e desventuras, partidas e chegadas. Um beijo pra você.

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    1. Marcelo, é isso... eu preciso descarregar a bateria das aventuras e desventuras... fico agoniada quando não escrevo! Bj, querido!

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  4. Lendo parece que eu estava lá, imagino toda a cena a bagunça,lindo!! mt engraçado!!

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