Mobilização JÁ! |
Isso mesmo, a carreira docente não é pauta específica e tão somente do Ministério da Educação. É no Ministério do Planejamento que reside o nosso gargalo.
Roberto Leher, professor da UFRJ, em palestra no ano passado em Maceió, analisou que talvez esse seja o elemento balizador para compreendermos como a universidade brasileira deixou de ter garantida a sua autonomia [por ora engessada] em virtude de ter suas decisões orçamentárias pensadas por sujeitos que não entendem nem pesquisam sobre educação superior, muito menos sobre as funções sociais da universidade e menos ainda sobre a importância de se respeitar e garantir as condições para que o tripé ensino-pesquisa-extensão seja efetivado plenamente.
São esses mesmos sujeitos, desprovidos dos saberes pedagógicos e/ou experiências educacionais edificantes, que elaboraram e propuseram propostas surreais como REUNI, PROUNI, FIES. São eles quem validam avaliações amplamente comprometidas como o ENADE, que sabemos: servem para ranquear as instituições e gerar ainda mais pânico entre estudantes e professores, quanto aos seus "desempenhos" mensuráveis.
Certo é que todas essas políticas neoliberais vem estimulando a precarização do trabalho docente. Aliás, há um ano e três meses como servidora federal, passei a ouvir demasiadamente palavras cheias de significado, como: precarização e sucateamento.
Então, pra repensar o que é justiça e decência, ou pra não adoecer junto com os que já se acomodaram, apoio esta greve, mesmo estando em estágio probatório, afinal, não há nada legalmente determinado que me intimidaria, felizmente.
Reivindicações centrais:
- reestruturação da carreira docente, prevista no Acordo 04/2011, descumprido pelo governo federal, com valorização do piso e incorporação das gratificações;
- melhoria das condições de trabalho docente.
- Até a presente data, 18 de maio, são 33 associações de docentes, vinculadas às IFES- Instituições Federais de Ensino Superior que já aderiram à greve. Confiram a lista aqui!
- Para saberem mais sobre a greve, por tempo indeterminado, visitem e divulguem este blog: Professores em Luta
Eita moça engajada...
ReplyDeleteAcho que a UFBA não aderiu não.
A luta continua!!!
bj
Amiga, estou me engajando! Greve é assim... ainda é cedo pra comemorar, mas a adesão está crescendo... a UFBA, talvez não... uma pena. Bj
DeleteÉ Jú, as pessoas que pensam as políticas voltadas para a educação superior não têm nenhuma noção do que fazem. OS cargos políticos são apenas políticos e nunca técnicos, o que prejudica os destinatários das ações específicas. Parabéns! Continuem lutando...
ReplyDeleteOi Luiz! Agradeço o incentivo e comentário!! Beijo, querido!
DeleteSua reflexão é extremamente necessária! Pensando que a Universidade precisa sair do encastelamento em que as políticas mercadológicas têm lhe colocado, assim o acesso a educação superior e a ampliação dos espaços são resultados de uma inclusão precarizada, que afeta frontalmente docentes e discentes das Universidades públicas, diante destes elementos é necessário o engajamento de todos na luta por uma educação superior calcada na velorização do trabalho docente.
ReplyDeleteParabénsssss amiga pelo empenho!
Beta, querida, estamos juntas... risos... um abraço e obrigada pelos elogios rasgados... fofa!!!
DeleteTô contigo, fessora. Nota 10! Um beijo e boa semana, Ju.
ReplyDeleteVocê é um querido!!! Beijo!!
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