Desde o final de dezembro que ando com o pé no acelerador. O carro acumulando marcas de asfalto e estradas de terra. Eu, sem nenhum concreto, com a cabeça [sempre] nas alturas. Outro dia, conversando com uma amiga, ela me disse que eu era uma perfeita materialização da menina ALICE, aquela mesma, do país das maravilhas. Claro que fui convencida a concordar com a comparação.
Não me incomodo com quase nada. Minto. Me incomodo com muita coisa que ouço, que leio, que vejo acontecendo bem debaixo do meu nariz ou até na vizinha que deixa o seu cão sozinho, carente, latindo sem parar, porque certamente está preso e impedido de curtir o bom vento da orla e fazer seu xixi em seus postes prediletos.
Me incomodo, demasiadamente, com os rótulos. Até com os das embalagens. Não curto fazer propagandas na escrita. Só se for dos meus projetos, dos meus blogs e dos amigos. Gosto de dar boas dicas de filmes, de leituras, de bons roteiros para ir ou vir. Curto ajudar quem está prestando concurso. Amo dar conselhos, mesmo que a pessoa não me peça. E de identificar vagas de emprego para quem está precisando.
Devo ser mesmo transparente aos extremos. Chovem e-mails e solicitações dessa natureza. Parece até que já fiz parte de uma empresa de recursos humanos. Mas não fiz. Está aí uma habilidade que conquistei naturalmente. Sem formação acadêmica ou qualquer treinamento sobre.
Mas era para falar das viagens terrestres; me meti nesse festival do que gosto ou não gosto e entrei num atalho sem retorno próximo. E isso vem acontecendo com mais frequência que antes. Quando me vejo, estou longe. Quando me dou conta, já estou no lado oposto, falando e dizendo coisas sem nexo, mas que de algum modo se encontram no final do túnel.
Essa semana vou voltar em Recife e não há jeito de pensar nessa cidade linda que não me faça lembrar de um frevo que diz assim: "voltei Recife foi a saudade que me trouxe pelo braço...". Não é bonitinho pensar que a gente sempre retorna por conspiração, porque está com tanta vontade de voltar, que sente-se puxado pelo braço, até estar de novo no mesmo lugar?
Devaneios meus. Será que podem ser os seus? Não creio. Mas não quero rótulos. Sou da Bahia, sim. Mas amo me misturar. Sou misturada. Sou tudo junto. Sou diversa. Sou complexa, mas simples. Sou sofreguidão, mas tranquila. Sou fruto de um caldeirão de misturas. Devo ser contraditória. E muito. E me sinto cada vez mais do mundo. Cada vez mais solta. Cada vez mais aérea. Cada vez mais ALICE. E a maravilha do país de novidades que me cerca é poder conhecê-lo, com as mãos no volante, com o coração em pulos e a cabeça nos ares. Me soa tão óbvio quanto gostar da chuva no verão, ou estar em pleno inferno astral sonhando com o paraíso, logo ali. Ou aqui...
Acho que sou uma das suas fãs de carteirinha... Vou falar com Mai para elaboramos uma!!! Gosto da leveza da sua escrita e da clareza das sua idéias... Geniais por sinal!!! Beijos e saudades!!!
ReplyDeleteMai é boa em fazer crachás... risos... amo vocês e estou com saudades, amigas!
DeleteComo sempre apaixonada pela vida! É o que parece e o que acredito que és. Uma amante e companheira das coisas que lhe trazem motivação, ânimo, vigor, sensibilidade, entre outros tantos sentimentos que fazem de ti uma mulher de personalidade, decidida a dar os melhores passos em sua vida cheia de expectativas e consequentemente muitas conquistas. Talvez alguns desapontamentos, mas pra quê abraçá-los ou lembrá-los, quando a na vida "mil maravilhas" a serem desfrutas por alguém que chega pra fazer acontecer e encanta com o fazer. Parabéns Ju! Amei! Te admiro muito querida. Beijos!
ReplyDeleteDébora, que bacana ler essas coisas... adoro você, querida! Quando a extensão acabar, juro que vou inventar outra para continuarmos em contato!! Beijo!
DeleteCom certeza Juh!!! Estarei dentro!
ReplyDeleteCorrigindo lá em cima (... quando "há" na vida...) rs...
beijos!
Volta sempre, linda! Beijão!
DeleteLindo texto, amiga!
ReplyDeleteVocê é, de fato, Alice das viagens maravilhosas!
Beijo,
Mari
Mari, muito obrigada pelo elogio, mas vamos combinar, né? Você é suspeita... risos... te amo, ser humano! Bj
DeleteAdorei, Ju! E vai voltar a Recife? Não tem como não pensar no frevo msm.
ReplyDeleteAh, também me incomodo com rótulos, que infelizmente têm se tornado cada vez mais comuns. Até o das embalagens são propagandas enganosas... Enfim... Bjsssss
Ohhhhh... valeu, Sérgio! Rotulemos, menos... risos... um beijão...
DeleteDefinitivamente você está Feliz! ( é com letra maiúscula mesmo)
ReplyDeleteMuito Felizzzzzzzzzzzzz.... beijo, querida!
DeleteCada dia mais transparente e menos preocupada com o pensamento alheio a seu respeito. Perfeito.
ReplyDeleteJan, você é uma Andréa Araújo perfeita... risos... beijo, amiga!
DeleteSei que em Recife há muitas coisas, muitas lembranças, sons, cheiros, vozes e sabores que te atraem.
ReplyDeleteDeve ter sido isso, também. conspiração pura!
bj, Juba, já tô em Salvador.
Delícias a céu aberto... risos... bom demais!!! Bom retorno, amiga! Bj
DeleteIsso ai Ju! Texto gostoso e sem rodeios!
ReplyDeleteViajar é um dos meus hobbys...aproveite a minha terrinha que dessa vez estarei aproveitando a sua! Que tbm adoro!
Bjos
Parabéns pelo texto!
Curta muito, querido!!! Sua terra é nossa... a minha terra é nossa! Bj
DeleteJu!
ReplyDeleteAdorei o texto! Leve e cativante!
De um cara que é viciado em viagens!
Bjo
Obrigada, querido! Faça logo seu blog!! Vou te seguir, com certeza! Bj
DeleteSobre a frase de seu blog...
ReplyDeletetambém entendi que a escrita acalma... e, muitas vezes é a única coisa que me acalma.
Bjo
Ana Virgínia
filhadejose.blogspot.com
fotosdequinta.blogspot.com
Oi Ana! Escrever acalma e dá prazer... um beijo!
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