26 July 2013

"faço longas cartas pra ninguém..."

Não cheguei até Natal. Nunca estive em Fortaleza. Duas cidades, em dois estados, que pretendo aterrissar, ainda esse ano. Metas bobas, obviamente, já que posso fazer isso, em dois tempos. Até em um tempo só. A estrada é uma só. Entre curvas, setas e declínios, eu poderei cumprir a promessa de conhecer a região nordestina [na íntegra] e rapidamente.
Estar em João Pessoa, nesse momento em que escrevo, faz parte disso. Mais que participar de um evento, quis muito conhecer a Paraíba e seus encantos. Pouco pude ver e sentir, já que a ida para UFPB era e foi a razão dessa viagem curta, de dois dias e meio.
Voltarei para Maceió sem saber direito como funciona esse estado. Felizmente pude visualizar os coqueiros daqui, e perceber o quanto são tão distintos dos de lá. São pequenos, enfileirados. Dominam a orla, as casas de muros baixos, os suntuosos prédios, as novas edificações, os canteiros das avenidas principais.
João Pessoa é uma capital com ares de interior. Me sinto "em casa", ao lado de minha amiga-irmã Ana e na casa deles, do paraibano e da sua pernambucana, tão acolhedores e humanos.
Os meus diários de bordo, ultimamente, mais parecem devaneios. Procuro dar vida às coisas que sinto. Na escrita parecem menores. Deve ser o clima, que me intimida. A tosse ainda não cessou. O desconforto está presente. Me sinto impedida de fazer mais do que faço. Sinto sono de dia, entorpecida pelo xarope, com gosto de infância.
Meus dias estão bem medianos. Seguem iguais, mesmo estando eu, em lugares diferentes. Um sonho? Ah, como eu gostaria de ter para quem voltar. Fico imaginando o quanto seria bom que alguém estivesse, de braços abertos e olhar terno, me esperando, no desembarque. Quem é mesmo que me espera em solo alagoano? Ah, sim, o meu carro. Está lá, obediente e estacionado, esperando que eu dê uma nova partida. 
Enquanto escrevo, já no inferno astral do môblog, insisto comigo: esqueça essa música ou siga [mais] confiante. 

"lá mesmo esqueci 
que o destino 
sempre me quis só". 

6 comments:

  1. Ô Amiga, escreve assim com essa amargura não, que eu vou pensar que, além de doente, vc está renegando a vida que escolheu(?) pra si...

    Armaria, Ju!!!

    beijos.

    PS: Apesar do trava amargo, gostei muito da carta.

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    1. Oi amiga! Não tô amargurada, não... apenas desanimada! Beijinhos!

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  2. Siga em frente, amiga viajante. Outros destinos, chegadas e partidas te aguardam - cheios de boas surpresas. Um beijo.

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    1. Tomara, tomara, tomara! Bj, querido... obrigada pela força!

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  3. Lendo os seus 'devaneios', posso dizer que entendo muito bem esse seu desânimo... Bjssss

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    1. Obrigada Sérgio, pelo apoio e carinho. Bj

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