11 December 2014

o mundo está ao contrário

É bom e ruim estar fora do Brasil. É bom perceber avanços e conhecer culturas e sabores. É ruim perceber retrocessos e crises e gente sofrendo, do mesmo modo ou até pior. Convivo com grupos distintos. Os pensantes da academia. Colegas, professores, amigos e os livros com tantos saberes novos e que me instigam a pesquisar mais. Convivo com gente simples, no meu quarteirão. E todos me contam, com abordagens distintas, sobre as mazelas desse país cheio de história a céu aberto e que guarda uma culpa danada das atrocidades no passado.
Dessa ressaca do passado escravocrata, há muito o que se perdoar. Não me compete julgá-los. Apenas fico assombrada com o índice de violência e de tristeza em rostos e olhares, que são frutos muito mais das práticas do que dos discursos ou do frio que todos, agasalhados ou não, sentem na pele. Eu sou um deles.
Hoje soube da morte de uma sobrinha da manicure. Foi morta com 5 tiros pelo marido, deixando toda a família no Brasil em desespero, além de seus três filhos, em Amsterdã. 

Mas, assim como Lisboa, lá também não é um dos lugares mais cotados pelo turismo europeu?? O que há por trás das belezas das flores e da cidade bem cuidada que todos circulam com bicicletas?? Uma tristeza generalizada e profunda. ‪#‎bastadeviolência‬

2 comments:

  1. Dentro de cada um de nós vive uma fera, é preciso saber domá-la.

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    1. Verdade, Paula!!! A violência tem aumentado muito... há feras e feras soltas por aí... beijo!

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