27 January 2010

Na sala do embarque

Essa semana tem sido trash, como diria um querido colega do trabalho. Em meio às muitas demandas de todo o início do semestre, estou também às voltas com outros trabalhos, que me comprometi em entregá-los, ainda este mês.

Me chamam de caixias, por ser uma profissional tão chatinha com meus horários e planejamentos, mas o fato é que me sinto muito mal quando não dou cabo dos meus compromissos e agenda. Meu amigo do sul me diz que sou enjoadinha. Bonitinho isso.

Falta-me tempo, mas, sobretudo, falta-me o desejo em querer iniciar e findar essas tarefas.

Queria sumir, nesses momentos. E ainda tem meu canto e minha orquídea, cobrando atenção. Tudo está bem trash, mesmo.

O contrário também me ocorre, de forma simultânea. Aqui, quando chego, me sinto produtiva, ágil, instigada a escrever mais sobre minhas aventuras da viajante assumida que me tornei, que definitivamente eu sou.

Poderia sim usar esse tempo gasto e/ou ganho no blog, para fazer as outras coisas que não tem me mobilizado de jeito algum.

Estou como se estivesse aguardando um vôo, com destino sabe-se lá pra onde, mas que está atrasado, muito atrasado. Então, enquanto o aguardo com toda a intenção de sair deste lugar que me consome os neurônios, faço o que me dá prazer: escrevo compulsivamente.

Do meu lado, imagino pessoas irritadas, impacientes, com roupas amarrotadas, andando de lá pra cá ou simplemesmente tentando se ajeitarem para tentar ´um cochilo´ nas não ortopédicas poltronas e sofás disponíveis, bem comuns em salas de espera de aeroportos. Outros estão, assim como eu, ávidos por acesso à internet, para se entreterem virtualmente.

Pode ser que me transformei de blogueira em uma escritora, e nem me dei conta disso. Mas preciso pagar minhas despesas, preciso honrar o meu nome, preciso aquietar essa alma saltitante, e pisar em solo, definitivamente. Sei disso tudo.

Será que ainda falta muito pro avião alçar vôo? Preciso decolar. Se possível para (muito) perto de outro contexto. Longe disso tudo aqui. Seria uma fuga? Assim como a escrita, talvez.
......
Pós turbulência, agora "tudo está em calma....deixe que o tempo dure, deixe que o tempo cure...".

3 comments:

  1. O novo filme com George Clooney, que prazerosamente assisti ao lado de minha mãe, de alguma forma trata desses vazios que sinto, tb. Identificação total.

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  2. poxaa leu to louca pra ver esse filme, apesar do George Clooney no elenco, o filme é bom mesmo??? rs
    eu andei meio sumida, pq fomos passar uma semana no "cantinho do papai": a fazenda boa fé. Foi a familia toda, com direito a tio mo e tio deca.
    Nunca comi tanto carneiroo...bom d++! Mas definitivamente estou fora de forma e nao levo o menor jeito pra vida no campo, andei 20min a cavalo e ja estava toda quebrada haha. Senti falta da vidinha urbana do ACRE..acredita? kkkk

    ps: Temos q nos comunicar mais vezes por sms leu. =D Que bom que gostou da foto. vó ainda ta por ai?

    beijaoo =****

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  3. Sim, o filme... assisti sozinha (A Mulher Só), lembrando de vc o tempo inteiro. As pessoas não podem fugir da sua essência, qdo tentam, olha o que acontece...

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