24 October 2018

um textão, + um desabafo

24 de outubro de 2018.

Hoje meu sobrinho-neto completa 3 anos. Eu tive que sair do grupo de whatsapp dele, porque no dia das crianças comentei sobre o perigo desse discurso de ódio e apologia às armas que o irresponsável do candidato à presidência #JairMessiasBolsonaroNUNCA vem fazendo, estimulando armas e ensinando nossas crianças a fazerem o símbolo do gatilho. É uma dor não estar lá no grupo hoje, pra receber fotos dele, e estar com meus parentes queridos que só querem paz, amor e alegria pra ele e, sei que sim, para todas as nossas crianças.
Queria dizer para meus familiares, meus amigos e colegas, que não sou irresponsável, não espalho fake news e não prego ódio a partido nenhum e nem acho que ESTA ELEIÇÃO SEJA uma eleição de partidos políticos em disputa.
Eu não sou filiada ao PT, nas eleições de 2014 fiz campanha virtual de longe, pois nem estava no Brasil.
Mas fiz campanha sim, pois havia a disputa entre dois candidatos, um pelo PT (Dilma Houssef) e outro pelo PSDB (Aecio Neves).
Naquela ocasião, compreendi que havia uma polarização demarcada entre os que estavam bastante incomodados com o PT no poder e os que buscavam mudanças.
O PT venceu mas não conseguiu governar por muito tempo. Houve disputa política e no dia seguinte ao da votação de segundo turno, um pedido de impugnação da chapa Dilma/Temer.
Entre 2015 e 2016 vivenciamos um ano dificílimo em todas as áreas, inclusive na educação. Vivenciamos uma greve nas universidades federais que se arrastou por meses a fio.
Eu fiquei muito indignada com a falta de diálogo do então ministro Renato Janine. Criamos uma hashtag na época #dialogajanine. Fizemos inúmeros movimentos e tentativas de diálogo. Fechamos o MEC, o MPOG ( ministério do planejamento).
Enfim, não conseguimos reverter quase nada dos nossos pleitos, todos legítimos. Mas ainda assim, havia empatia pela democracia. Havia mobilização nas ruas. As greves eram consideradas direitos trabalhistas respeitados. Havia o entendimento na presidência da república, que o ativismo político é legítimo.
Pois bem, após um #golpeparlamentar, novos golpes nasceram. Os diálogos pioraram. Os orçamentos para as instituições federais dimimuíram. Os concursos públicos diminuíram para educação básica. O sucateamento da educação pública também piorou.
O #temer aprovou reforma trabalhista, super danosa, gerando flexibilização o que ampliou o desemprego e a precarização das condições trabalhistas.
O #temer, senadores e deputados aprovaram a emenda constitucional 95, que limitou o teto de gastos na área social por 20 anos (eu disse 20 anos), o que em outras palavras, modifica o compromisso do Estado Brasileiro com as áreas sociais, especialmente educação e saúde, como a nossa constituição de 1988 determina.
O #temer e deputados também aprovaram a reforma do ensino médio, danosa demais, que dentre outros prejuízos, desqualifica as políticas curriculares especialmente das ciências humanas  também estimula a valorização do ensino privado em detrimento do ensino público.
O #temer parou de investir em farmácias populares e no programa #maismédicos.
o #temer propôs a reforma da previdência que felizmente ainda não foi aprovada, mas que também prejudica enormemente a população que depende do Estado.
E chegamos em 2018, com todas essas medidas desastrosas provocadas por alguém que traiu a sua parceira de gestão pública apenas por vaidade, por poder, não pra cuidar do país e desfazer equívocos e diminuir a crise.
Tudo está sendo destruído por um DESGOVERNO que tem como um dos seus mais assíduos votantes o senhor #JairMessiasBolsonaroNUNCA.
Então, depois dessa exposição, eu só queria dizer que compreendo as mágoas com o PT, mas não compreendo a justificativa de votar em um cara que só quer aprofundar as nossas tragédias sociais.
Ele é homofóbico, odeia pretos, índios, gays, lésbicas, militantes, esquerdistas.
Ele é a favor do armamento.
Ele é um fascista confesso. Os vídeos e as falas dele e dos filhos revelam tratar-se de uma família apoiadora do fascismo.
#BolsonaroNUNCA representa a volta da ditadura, daí a minha aposta em #Haddad.
Daniel, meu sobrinho, é também por seu futuro que escrevo tanto, me preocupo tanto. Me importo com você, lindeza. Me importo com todas as crianças. Me importo com meu país. E amo a minha liberdade de escrever pra registrar a minha indignação frente a essa dura e triste realidade.
E sim, depois do dia 28/10, continuarei usando a cor que eu quiser e na defesa dos princípios que defendo no meu país que eu amo: democracia, amor, paz, justiça social e igualdade de direitos.

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