10 August 2019

entre perdas e ganhos: sigo resistindo!

No alto dos meus quarenta e tantos anos penso que já aprendi o que são perdas e o que são ganhos.
Ano passado eu me despedi de um primo querido, de dois tios amadíssimos, de uma amiga-irmã que jamais vou deixar de lamentar a sua ida tão absurda.
Também sofri e sofro pela partida da filha de outra amiga-irmã, como se minha sobrinha fosse. E penso que ainda é. E ainda sinto a saudade de todas essas perdas irreparáveis.
Mas mesmo diante de perdas tão duras e difíceis eu sei reconhecer os meus ganhos. E são muitos!

Eu tenho contribuído na avaliação institucional e na avaliação de muitos cursos da UFAL.
Eu tenho ajudado a escrever um legado e uma história do bom combate ao lado de grandes pares nesta universidade.
Eu ganhei quando fiz a escolha de estar ao lado de quem entende o que realmente significa democracia, inclusão, participação.
Eu também tenho aprendido a ser militante em defesa da educação pública, laica, gratuita.
Eu tenho buscado contribuir nas pesquisas sobre concepção e avaliação de políticas educacionais, especialmente as tão necessárias políticas públicas afirmativas.
São ganhos que vão sendo somados a varios outros.
No plano da politica,  escolhi militar contra as injustiças sociais.
Com muito orgulho lembro que levei spray de pimenta de policiais do governo no ministério da educação em 2015, ainda no governo PT, em defesa da educação superior pública.
Me indignei e fui 100% contra o golpe e a saída da presidenta Dilma. Estive nas ruas por todo o ano de 2016 e 2017, gritando Fora Temer com a maior força que eu poderia suportar naqueles difíceis momentos do golpe e também os atuais com a prisão de Lula e a ascensão de Bolsonaro e sua corja.
Eu decidi contribuir para a campanha Outra Ufal Resiste, pelos companheiros e companheiras que admiro, pelos princípios defendidos, no discurso e na prática pela magnífica reitora Valéria Correia. Decidi também porque adorei a escolha da vice-reitora Angela Canuto, com quem desenvolvi uma cumplicidade desde antes, na avaliação do curso de medicina da Famed.
Por tudo isso, eu compreendo que nós não perdemos a eleição para presidente, quando escolhemos Fernando Haddad e muito menos quando perdemos as eleições na UFAL.
Nós continuaremos nas trincheiras, entendendo que educação não é mercadoria e é direito de todos e de todas.
Estar do lado certo da história vai ser um ganho sempre e é nisso que aposto para continuarmos defendendo a universidade de oportunistas, de coronéis e de elitistas.
Que a nova-velha gestão reconheça os nossos feitos e os nossos ganhos e não se vendam ao future-se! Basta de perdas.

#OutraUfaljáexiste #OutraUfaljáresiste 💜🌸

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