3 October 2009

Um sábado e muito mais

Definitivamente sábado tem sido o meu dia predileto para escrever. Fico me questionando o tempo inteiro o que seria dos meus dias se eu não contasse com o recurso da escrita, para conseguir dar vazão aos meus inúmeros pensamentos mirabolantes.

Durante as horas dessa minha última viagem, várias coisas que me interessam aconteceram. O Rio virou sede das olimpíadas 2016 (e vou estar morando lá?), a novela das seis acabou e eu não pude chorar o quanto gostaria e, o pior, não consegui verificar o que foi depositado em minha conta, após meses de ansiedade por esse crédito! Diria Z. Baleiro: "Eu digo calma alma minha, calminha, você tem muito o que aprender". Concordo. Finjo seguir com muita paciência!

Continuando. Ribeira do Pombal, a cidade do momento fica a 5h de Salvador. Desta vez, escolhi a primeira poltrona porque, estrategicamente tem uma inclinação diferenciada, o que facilita esticar o corpo e relaxar mais. Mas, como ninguém pode ver ninguém bem, tive que conviver com a visão da estrada, literalmente.
 
Pude ver e me assustar com as manobras radicais do motorista, com os desvios de caminhões a la 'carga pesada', ouvir em alto e bom som a conversa insana com seu comparsa, o cobrador (isso, alguém que confere as passagens, cobra e recebe dinheiro dos passageiros rotativos). Pela proximidade com a 'cabine' deles, tive de escutar as músicas mais bizarras, todas reunidas:  pagodes e outras nunca ouvidas, de duplas sertanejas que não faço ideia de como se chamam e se suas músicas já estão nas mais, mais tocadas nas rádios.
Por falar nisso, na rádio local, ouvi muitas propagandas engraçadas. Anúnicos dos próximos eventos, e das promoções do período. A festa mais esperada- Chupa Cabra Fest, vai contar com duas bandas de pagode e outra de arrocha...que maravilha!! Fiquei imaginando as pessoas indo procurar os ingressos na farmácia popular ou diretamente nos carros de som, que fazem as propagandas, no horário comercial.

Daí me lembrei de Bruno Mazzeo, no quadro Cilada...é inevitável a comparação porque vivencio situações absurdas, que fora ele, nunca ouvi ninguém contar nada parecido. Olha que coisa louca: na saída da rodoviária, avistei a pousada logo na frente e saí em disparada, ao celular, conversando com um amigo querido, arrastando a mala, carregando o travesseiro e ajeitando o casaco para não cair, quando do nada, me surpreendi com um solícito motoboy me oferecendo os seus serviços! Agradeci, sorri com os olhos e continuei incrédula!! Mala, eu, travesseiro e moto? Como assim???

Quem foi mesmo quem disse que rir de tudo é desespero?? Ri tanto, a ponto de parar na calçada, para rir ainda mais. E nessa terrinha engraçada, de gente divertida com sotaque quase pernambucano, contei com a recepção do grupo, bastante afetuosa, graças a Deus. Amo muito quando isso acontece!

Me impressionei (de novo) com as árvores, metodologicamente aparadas. Queria mesmo saber de onde vem essa criatividade. Será um paisagista? Por que uma árvore não pode, simplesmente e naturalmente, crescer à sua maneira? Sabe lá!

Impressionante mesmo é concluir que a minha estada tem sido muito mais na estrada do que em meu doce lar. Não tenho tido uma semana completa dormindo, acordando, ou curtindo o quanto gostaria, no meu canto.

Ora, mas o que estou falando? Me divirto (muito) aqui, ali, em qualquer lugar. Agora vou sair para comer pizza, contemplar a lua cheia e dormir cedo, para mais um dia de atividades com a turma de pós.

Depois, voltar pra casa e recomeçar tudo de novo, na segunda. Viver tem sido 'fácil' assim.

8 comments:

  1. Oi Jusci,
    Hoje coloquei em dia minha leitura do seu blog,e foi muito prazeroso,acompanho emocionalmente quase tudo, já morei em RB,trago muitas lembranças de lá,sinto imensa saudade dos nossos 36 familiares distantes,me lembro das paisagens de ruas do interior com as árvores "mutiladas",ainda bem que voce divide com seus leitores as aventuras nas estradas e cidades,e as viagens ,embora cansativas,estão sendo reveladoras.Em novembro certamente o Rio vai dar um bom texto rs rs rs
    beijinhos,
    Lola

    ReplyDelete
  2. adorei em muito a história, aliás muito divertida por sinal.
    Mas no interior é assim mesmo motoboy sempre oferencendo serviço. fico imaginando você agarrada a uma moto com toda aquela bagagem.
    Tambem gostei da foto da árvore me fez lembrar milagres ( uma cidade a caminho da minha cidade natal).
    Enfim historia fenomenal.

    ReplyDelete
  3. Ai, tia linda...nem me fale! A viagem de novembro vai (ter que) gerar um texto muito emocionante! Estou na ansiedade para viver mais momentos com todos daí! Bj.

    ReplyDelete
  4. Bom, gostei muito do blog. A comum verdade narrada por V. quanto à viagem (as poltronas que não são exatamente o que a gente imagina, as conversas, o som...)é exata, bem descrita. Virei mais vezes em visita.
    Abraço.

    ReplyDelete
  5. Eduardo, volte mesmo. Gostei muito das suas crônicas também. Um abraço!

    ReplyDelete
  6. Amiga!!! E a gente reclamando das festinhas soteropolitanas... que mal agradecidas somos nós. Chupa Cabra fest foi ótimo... me acabei de tanto rir!!!

    ReplyDelete
  7. aiii tiia. me diiviirto com essas suaas viagens. imagiino vooce do seu jeito, rindo na calçada, andando de moto com mala e cuia.. kkkkk ..
    Beeijoo :*
    Saudades, te amooo ♥
    Queero uma soobre Coonquista heein ? ;D

    ReplyDelete
  8. Cacau, preciso mesmo voltar em sua terra natal, pra te encher de carinho e te cheirar, até perder o nariz! Fica tranquila, porque já tenho muitas impressões sobre VC, em breve, estarão aqui! Bj, te amo, meu Ném.

    ReplyDelete