10 November 2012

A paquera continua

Já visitei São Paulo algumas vezes, desde os meus tempos de adolescente, quando era magricela e de olhos curiosos. Tudo bem, os 15 anos ficaram para trás e a magreza, infelizmente, também. O olhar continua questionador, que gosta de vasculhar até o que é impossível de se enxergar.
As  idas para Sampa sempre aconteceram em função de eventos de trabalho e congressos de Psicopedagogia. Só mais recentemente, vivi dias de turista em férias, em janeiro de 2011, quando escrevi o post Gotículas da nova paquera, numa tentativa de registrar minhas novas impressões da selva de pedra.
Lembrando sobre o que já conheci por lá, me dou conta que cheguei até Guarujá, a terra prometida [ou mais próxima] para se curtir os veraneios. Me lembro vagamente de ter conhecido a vila, o comércio local, as praias de areia dura, cinzenta, de ondas fortes e gigantes.
foi assimque aconteceu uma nova viagem, desta vez, para outro 'pedacinho' desse estado gigantesco.

Campinas é aconchegante, arborizada, com coqueiros diferentes dos que encontro aqui no litoral do nordeste. Me impressionei. Os coqueiros nesta cidade quase não balançam, mesmo com o tempo chuvoso, insistente nos três longos dias da minha estada por lá.
Então pensei ser coisa da minha cabeça, viciada em balanços divertidos dos coqueirais pelas bandas de cá. Por exemplo. Pude observar que no Rio de Janeiro, as palmeiras imperiais são mais presentes na zona sul, e, especialmente na Barra da Tijuca, os coqueiros são menores, com troncos curtos e folhagens largas. Também divertem e dinamizam muito a paisagem urbana. Já em Campinas observei que são mais estáticos, sim, embora sejam atraentes e imponentes, como creio ser todos os demais tipos de coqueiros. Um dia explico [ou vou entender mais] essa minha fixação em torno deles.
Coqueiros e palmeiras à parte, a minha ida para o evento na Unicamp foi bastante planejada e festejada. Em meu segundo ano de universidade pública, reconheço que foi maravilhoso fazer parte de um seminário internacional,  para apresentar pôsteres com as experiências vivenciadas no ensino superior, em Alagoas, sobretudo pela oportunidade que tive de conhecer as contribuições das experiências na educação superior para além do Brasil. Analisamos os contextos de países como China, Índia, Rússia, África do Sul. Isso sem mencionar que o evento foi super restrito, todo em inglês, sem tradutores, com poucos participantes. Bingo.
Ademais, tateei para descobrir a cidade e os hábitos locais. A chuva impediu. A tpm, muito mais. Fiquei mais tempo no quarto do hotel do que fora. Ainda assim, pude observar os cenários, contemplar as árvores nas praças e a beleza da arquitetura das edificações. Provei uma pizza deliciosa. Uma salada diferente, que veio num mesmo prato com um crepe saboroso.
Claro que preciso voltar em Campinas! Ela é cheia de charme e tem um climinha de cidade do interior adorável, mesmo sendo grandona. Eu quero mais Campinar...afinal, uma [boa] paquera não pode ficar só na primeira impressão. Em outro momento, certamente, serei recebida com uma paisagem mais alegre, com coqueiros mais saltitantes, que me estimulem a ganhar as ruas.

6 comments:

  1. Ju, parabéns pela participação no seminário! Você acabou indo para SP numa época em que a cidade se encontra muito violenta, hein? Mas pelo seu texto valeu muito a pena. Beijão e bom domingo.

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    1. Oi Sérgio! Campinas, nesse momento, não se mostrou violenta.. a Globo exagera... Um beijo!

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  2. Amiga, só vc mesmo pra divagar acerca de coqueiros... kkkkkkkk

    Por pouco não cruza com Sandy por aí, né? Ela é moradora da cidade e cursou faculdade na Unicamp.
    rsrs

    Um bjo

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    1. Conheci nosso amigo Marcelo Pirajá Sguassábia (esqueci de perguntar pessoalmente, de onde vem esse sobrenome difícil de escrever...).

      Melhor que conhecer Sandy cantora, ou Sandy tornado... risos..

      Um beijo, amiga!

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  3. Amiga viajante, fico feliz que tenha gostado daqui. Espero revê- la outras vezes! Quanto ao meu sobrenome: Sguassábia é italiano de Verona. E ganhou essa grafia no Brasil. Na Itália, é Sguazzabia. Pirajá é da Bahia, de Camamu, nome adotado por meu bisavô, Alfredo Martins da Silva. Umbeijo, querida!

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    1. Marcelo também é história brasileira... risos... um beijo, querido!

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