14 September 2018

36 anos de uma dor que nunca morre

36 anos. 36 longos anos que meu pai partiu. Durante muito tempo fantasiei que estava só em uma das suas muitas viagens. Que logo voltaria e que chegaria bem cansado, querendo colo. Que pediria seu chinelo pra minha irmã. Que chamaria todo mundo pra almoçar à sua volta. Era uma rotina que eu amava na infância: ouvir a buzina, gritar “chegou” e ir correndo abrir o portão pra receber nosso senhor Waldemar de Carvalho Santana. A vida segue. Nós seguimos com essa ausência. Seguiremos com saudade de sua presença tão forte e marcante. Sempre digo que devemos lembrar dos que partem pelas suas datas de aniversario, mas hoje senti cheiro de estrume de boi, senti muito a falta dele em todos esses anos sem seus conselhos, sem seu abraço, sem me dizer pra onde ir e o que fazer.

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