Muita gente me pergunta o porquê da minha obsessão pelo número 12.
Nos meus primeiros 12 anos contei com o meu pai muito presente, me educando, me dando limite e me enchendo de amor e de gratidão por ter sido sua filha.
Só curti 12 comemorações do dia dos pais. Meu painho partiu em 15 de setembro de 1982. O último dia dos pais juntos foi um mês antes e naquele tempo não havia nada que indicasse que o coração dele ia parar de bater. Simbolicamente, de algum modo, os nossos também mudaram o ritmo.
A gente fica nessa de negar a data, que é só um dia comercial. Bobagem de gente ressentida por ter que suportar esse vazio e essa imensa vontade de segurar as lembranças. Dói demais não ter ele bem vivo pra dar um abraço, todos os dias, e aquele especial, em todo segundo domingo de agosto.
Quem tem o seu pai, não seja tolo. Faça as pazes, tente se aproximar, abrace, cheire, aproveite, cuide. A vida é um piscar.
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