É, estou muito sumida né, filho?
Fico aqui entretida com o trabalho, com as obrigações, com a vida fora das telas e descubro o quão relapsa tenho sido contigo, mesmo tendo me declarado no seu aniversário!
Sim, já estamos em outubro, na esquina para o Natal, para o ano novo. Logo vou montar minha árvore cheia de pisca-piscas, a mesma que me traz tantas lembranças boas e também aquelas que insisto em deixar na gaveta.
De qualquer modo eu sigo. Sigo com minha fé, em dias melhores, sigo atenta aos meus instintos, sigo obstinada em não repetir os mesmos erros, sigo esperançosa por novos acontecimentos que me arrebatem.
O caminho está tranquilo. Alguns dias mais, outros médios. Olho sempre para o copo meio-cheio. Os vazios não me incomodam como antes. Acho que amadureci. Estou naquela fase que não é qualquer música que me deixa melancólica, nem qualquer saída que me atrai. O cinema tem me visto muito pouco. As séries turcas me animam a fazer pipoca e é tão bom ficar feliz com a minha própria companhia! Como eu amo sentir o ar mais leve, sem aquela apreensão que me sugava até eu ficar sem respirar direito.
Tenho dormido mais. Desisti dos treinos muito cedinho. Não gosto de sair da cama antes das 7h. Não gosto de correria, não gosto de pressão.
A sua mãe não sumiu, não. Ela te deu asas e ganhou as novas asas dela. Deixa ela ser, do jeito que ela quiser. Deixa ela ser livre de verdade. O tempo da prisão passou mas ela ainda precisa sentir-se segura para não sentir mais medo de voar. Deixa ela simplesmente ser ela. Do jeitinho dela. Com saudade das luzes de Natal e com uma curiosidade grande pelo que vem a seguir. Ali, na próxima curva.
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